A Covid e eu – eu e a Covid

Caros amigos.
Eu li muito sobre tudo o que podia ser, mas nunca imaginei que seria tão demorado sofrimento. Penso no primeiro livro que resenhei alhures do meu conterrâneo, o romancista André De Leones – “Os dentes negros”, que me fez pensar em “A peste”, do meu amigo pessoal (sim, porque romancistas francófonos são meus amigos pessoais!) Albert Camus.
Depois, teve o livro-bisturi de Martim Vasques “O contágio da mentira”, do qual deixei notas aqui.

Enfim, alcançamos a vergonhosa marca de mais de 300 mil mortes. Então, parece ter caído a ficha para autoridades de nosso Brasil varonil. E hoje, por uma questão do calendário, minha mulher foi vacinada. Ela mesma, que tem sido um guerreira ajudando o grupo de Mulheres do Brasil na campanha Todos pela vacina.

Ora, ora… apesar de todo o discurso (ou anti-discurso) governamental, eis a sociedade mostrando o que é possível fazer.

Grupo Mulheres do Brasil |
Luiza Helena Trajano on Twitter: "Vocês já conhecem o movimento  #UnidosPelaVacina? Ele partiu do meu chamado no #GrupoMulheresDoBrasil e  hoje jáfazparte da sociedade civil como um todo! Nós temos o desafio de
Vacinada no Jardim Guanabara em Goiânia, ela ficou emocionada. É uma pena que o WordPress não admita arquivos *,mp4 para mostrar-lhes. Segue o link para mídias sociais…

Instagram mostra o momento supremo.

Mentecaptos

“Somente um mentecapto escreve se não for por dinheiro” (S. Johnson)

Escrever tornou-se um ato banal nestes tempos conhecidos como a era da informação. A facilidade de acesso aos meios de publicação, com a internet, trouxe ao cidadão comum a ilusão de que é muito fácil ser escritor. Tantas tonterias são cometidas que o ato sagrado de traduzir idéias em palavras parece nunca ter sofrido tantos sacrilégios.

A aventura humana do ato de “traduzir idéias em palavras”, na sintética definição de Antonio Fernando Borges (1), parece no mais das vezes uma tormenta em mar turbulento, quando não um naufrágio real.

Houve tempo em que até um relatório da gestão de um prefeito transformava-se em tradução saborosa, devido ao encanto da linguagem. Lembro-me do velho Graça, Graciliano Ramos em 1929, quando prefeito de Palmeira dos Índios (AL), desmontando a lógica da sensaboria de que, em geral, se salgam os documentos dessa natureza:

“Pensei em construir um novo cemitério, pois o que temos dentro em pouco será insuficiente, mas os trabalhos a que me aventurei, necessários aos vivos, não me permitiram a execução de uma obra, embora útil, prorrogável. Os mortos esperarão mais algum tempo. São os munícipes que não reclamavam.
(…)
“Instituíram-se escolas em três aldeias. Serra da Mandioca, Anum e Canafístula. O Conselho mandou subvencionar uma sociedade aqui fundada por operários, sociedade que se dedica à educação de adultos.
“Presumo que esses estabelecimentos são de eficiência contestável. As aspirantes a professoras revelaram, com admirável unanimidade, uma lastimosa ignorância. Escolhidas algumas delas, as escolas entraram a funcionar regularmente, como as outras.
“Não creio que os alunos aprendam ali grande coisa. Obterão, contudo, a habilidade precisa para ler jornais e almanaques, discutir política e decorar sonetos, passatempos acessíveis a quase todos os roceiros.”

Esta citação reforça o vazio do que vemos hoje, por contraposição ao que lemos hoje nos textos ditos criativos que infestam os websites e blogs. O texto do Graciliano mostra um pouco do que nos falta hoje em sonoridade, equilíbrio e graça – sim, há uma graça no texto a que se pode designar harmonia, aquela sensação de beleza, mesmo quando o assunto não é nem um pouco tocante à beleza – pelo menos, não no sentido que se espera da arte de escrever.

Então, voltamos ao sentido inicial da tradução das idéias em palavras, para entender a citação que abre este exercício. Diz-nos Francisco Azevedo em seu Dicionário Analógico que mentecapto tem a ver com imbecilidade, no verbete 499. E expande para irresponsável, orelhudo, burro, burrical, asinino, asnal, azoinado; e por aí faz cavalgar o termo.

Analisando alguns escritos na internet, concluo a quem cabe o epíteto cunhado por Johnson. No Brasil, há muitos que escrevem com desvelo mas na gratuidade, sem esperar remuneração – como num sacerdócio, esperando a justa medida do reconhecimento – nunca a soldo; escreve-se com tenacidade, num quase sacrifício pessoal, quando me refiro aos grandes escritores. É na solidão e no isolamento, independente da crítica ou do público, distantes dos holofotes que esses dedicam-se à arte de escrever.

Já os calhamaços rascunhados sobre as pernas de “escritores” a serviço do poder – estes sim, mostram-se atoleimados, ajogralhados, apegados ao ofício abjeto do fazer com a mão para levar à boca ou ao palacete de jogral dos governos.

Se a frase de Samuel Johnson na epígrafe serve ao propósito de enfatizar a profissionalização do ofício de escritor e conclamar a que este saiba seu próprio valor; há entre nós os que levam ao rés-do-chão a “arte” e se vendem aos governos de plantão – enxovalhando e amesquinhando o que poderia ser o culto do grave ofício. Hoje escreve-se por dinheiro no Brasil, desde que agrade ao que governa.

Assim, às avessas, fica no Brasil a frase de Johnson com sua validade reversa. Seria o mentecapto aquele típico imbecil coletivo já denunciado pelo professor Olavo de Carvalho, parte da turba, servil e dócil ao poder. Aqui, onde o ofício de escrever não é profissionalizado senão para os que escrevem à sombra do poder e as uns poucos que encontraram público vasto na ficção adocicada; aqui, os mentecaptos às avessas insistem em realizar na solidão a busca da escrita perdida.

*****
Fontes: 1. BORGES, Antonio Fernando. Em Busca da Prosa Perdida. S. Paulo, É Real. Edit., 2013. 2. Relatório de 1929, Graciliano Ramos ao Gov. de Alagoas, Revista de História, link consultado em 12.04.16

 

 

Peço sua atenção por 5min…

Folha em Branco. Blanche. Blank...Vida!

Desde já, obrigado!

Beto.Ø

Começar do ‘zero’

Uma página em branco é sempre desafio para quem escreve.
“Pain – has an element of Blank –
It cannot recollect
When it begun – or if there were
A time when it was not – *
(…)


É uma história já tão repetida que os sucessivos sofredores, frente ao mesmo problema, se repetem.

Minha referência continua sendo o poema de João Cabral de Melo Neto – que assim reza:

“Esta folha branca
me proscreve o sonho,
me incita ao verso
nítido e preciso.”

Como começar? Eis o Poeta a tudo desenhando, com a economia das palavras, o incêndio de suas páginas ou – como dizer até em meio ao cuspe, em meio às fezes, aos fluídos todos do Humano; e as flores do bem do mal se abrem, do inusitado Nada d’alma que se torna Tudo – que advém do Todo.

Só assim o poeta pode ousar escrever “a terceira das virtudes teologais” – com a discrição de quem sequer tem direito de dizer em voz alta: Amor, Caridade. Age o poeta como quem acende uma candeia, no dizer humilde e grandioso da poetisa Sônia Maria dos Santos ao justificar (se justificativas fossem necessárias) o título “Lúcida Chama”, livro lançado ontem…

separador

Eis-nos diante da página em branco.

Folha em Branco. Blanche. Blank...Vida!

TAMBÉM no comércio e nas atividades empresariais há um símile da “página em branco” Cabralina…

Quando se inicia um negócio, é preciso ter uma idéia.
Eis que esta surge como se estivesse o empreendedor diante de uma página em branco. Blank.
Por onde começar?
Há outra página em branco, quando o empreendimento falha. O que faliu sabe do que estou falando…
Grandes empresas às vezes contratam empreendedores que faliram para mostrar aos bem-postos em cargos nada vitalícios o que evitar e o que aprender com quem já enfrentou duas vezes o “Blank”.

O que inicia está diante da página em branco de que nos fala o poeta, ao fazer o plano de negócios.
Este é seu “poema”. Este é o plano humano, à imagem e semelhança do divino plano.
@the end.
O que foi à falência, está de novo diante da bendita página.
Há que buscar forças interiores para enfrentar “uma nova e inusitada página em branco“.
A que “proscreve o sonho” – ou a que o prescreveBroken heart(u)?
Nos dois casos não pode ‘dar branco‘, o desafio da página se deixa conduzir pelo sonho. O agente quase enlouqueceu.

Essa dimensão do sonho (ou do pesadelo), tem entre os índios xavantes, em sua rotina de sonhadores, uma interpretação assim:

Com o sono eu sonho
     Durmo e sonho
Os outros vão cantando

Eu sonho pra tornar felizes
  Os outros que cantarão
           meu sonho
     Eu durmo e sonho
O que os outros cantarão.*

Se isso me fez aplicar à poesia – em meu primeiro livro individual “Frágil Armação”, não deixa de ser verdade para os empreendedores. É preciso convencer o(s) Outro(s) a embarcar com você, se sonha realizar algo coletivo. A inteligência coletiva já é um passo adiante. Por ora, é preciso reter a dimensão do sonho que se sonha xavantinamente…Como um xamã que prepara a cura, como um pajé que prepara a festa ou a guerra.
Sonhar o que os outros irão cantar, costurar, desenvolver, ler, escrever, teclar etc. etc. – eis uma tarefa de poeta e empreendedor.
separador

*Citação-legenda do livro “Frágil Armação”, de minha autoria, Edit. Barão de Itararé, 1985.
(*)Post-post – o poema de Emily Dickinson foi assim traduzido por dona Aíla de Oliveira Gomes:

A dor – tem um elemento em branco.
Desde quando doi
Não se recorda, nem se houve
Tempo em que ela não foi.

Seu futuro – só ela mesma;
Seu infinito contendo
O seu passado – que deixa ver
Novos períodos – doendo.
**********************************
DONA Aíla explica no prefácio que

Emily passava pela crise maior de sua vida, e sentiu, com segura intuição, que só a atividade criadora a salvaria de queda num vazio fora do tempo e do espaço, e já além da dor: “Pain has an element of blank”, diria ela. Esse “em branco” [blank], ela só podia enchê-lo com poesia – ou perder-se nele. (…). 

Começar do ‘zero’

Uma página em branco é sempre desafio para quem escreve.
“Pain – has an element of Blank –
It cannot recollect
When it begun – or if there were
A time when it was not – *
(…)


É uma história já tão repetida que os sucessivos sofredores, frente ao mesmo problema, se repetem.

Minha referência continua sendo o poema de João Cabral de Melo Neto – que assim reza:

“Esta folha branca
me proscreve o sonho,
me incita ao verso
nítido e preciso.”

Como começar? Eis o Poeta a tudo desenhando, com a economia das palavras, o incêndio de suas páginas ou – como dizer até em meio ao cuspe, em meio às fezes, aos fluídos todos do Humano; e as flores do bem do mal se abrem, do inusitado Nada d’alma que se torna Tudo – que advém do Todo.

Só assim o poeta pode ousar escrever “a terceira das virtudes teologais” – com a discrição de quem sequer tem direito de dizer em voz alta: Amor, Caridade. Age o poeta como quem acende uma candeia, no dizer humilde e grandioso da poetisa Sônia Maria dos Santos ao justificar (se justificativas fossem necessárias) o título “Lúcida Chama”, livro lançado ontem…

separador

Eis-nos diante da página em branco.

Folha em Branco. Blanche. Blank...Vida!

TAMBÉM no comércio e nas atividades empresariais há um símile da “página em branco” Cabralina…

Quando se inicia um negócio, é preciso ter uma idéia.
Eis que esta surge como se estivesse o empreendedor diante de uma página em branco. Blank.
Por onde começar?
Há outra página em branco, quando o empreendimento falha. O que faliu sabe do que estou falando…
Grandes empresas às vezes contratam empreendedores que faliram para mostrar aos bem-postos em cargos nada vitalícios o que evitar e o que aprender com quem já enfrentou duas vezes o “Blank”.

O que inicia está diante da página em branco de que nos fala o poeta, ao fazer o plano de negócios.
Este é seu “poema”. Este é o plano humano, à imagem e semelhança do divino plano.
@the end.
O que foi à falência, está de novo diante da bendita página.
Há que buscar forças interiores para enfrentar “uma nova e inusitada página em branco“.
A que “proscreve o sonho” – ou a que o prescreveBroken heart(u)?
Nos dois casos não pode ‘dar branco‘, o desafio da página se deixa conduzir pelo sonho. O agente quase enlouqueceu.

Essa dimensão do sonho (ou do pesadelo), tem entre os índios xavantes, em sua rotina de sonhadores, uma interpretação assim:

Com o sono eu sonho
     Durmo e sonho
Os outros vão cantando

Eu sonho pra tornar felizes
  Os outros que cantarão
           meu sonho
     Eu durmo e sonho
O que os outros cantarão.*

Se isso me fez aplicar à poesia – em meu primeiro livro individual “Frágil Armação”, não deixa de ser verdade para os empreendedores. É preciso convencer o(s) Outro(s) a embarcar com você, se sonha realizar algo coletivo. A inteligência coletiva já é um passo adiante. Por ora, é preciso reter a dimensão do sonho que se sonha xavantinamente…Como um xamã que prepara a cura, como um pajé que prepara a festa ou a guerra.
Sonhar o que os outros irão cantar, costurar, desenvolver, ler, escrever, teclar etc. etc. – eis uma tarefa de poeta e empreendedor.
separador

*Citação-legenda do livro “Frágil Armação”, de minha autoria, Edit. Barão de Itararé, 1985.
(*)Post-post – o poema de Emily Dickinson foi assim traduzido por dona Aíla de Oliveira Gomes:

A dor – tem um elemento em branco.
Desde quando doi
Não se recorda, nem se houve
Tempo em que ela não foi.

Seu futuro – só ela mesma;
Seu infinito contendo
O seu passado – que deixa ver
Novos períodos – doendo.
**********************************
DONA Aíla explica no prefácio que

Emily passava pela crise maior de sua vida, e sentiu, com segura intuição, que só a atividade criadora a salvaria de queda num vazio fora do tempo e do espaço, e já além da dor: “Pain has an element of blank”, diria ela. Esse “em branco” [blank], ela só podia enchê-lo com poesia – ou perder-se nele. (…). 

Bravo! Do sonho e outras quimeras, por Nélson L. Castro

Citar

“Sonho…e enquanto sonho,

desenho um mundo risonho

onde se não morre nem mata

Um mundo de faz-de-conta,

no qual o tempo não conta,

tão belo que só o sonho o retrata…
(Nélson L Castro).
Continue lendo no link abaixo
https://mukandasdonelsinho.files.wordpress.com/2015/03/dreams.jpg?w=471&h=321

Falar de mim….

Maigret volta à rotina

Monday, monday… 7 anos atrás!

O Direito ao Tédio reeditado ou: como uma crônica pode reviver…

EM UMA CRÔNICA que bem poderia ser classificada como aguda, Otto Lara Resende dizia que todos temos “Direito ao Tédio“.

Seu argumento – se isso é matéria de preocupação do cronista (decisão que deixo para especialistas) – vem de tecer o curto fio da meada com Afonso Arinos, Drummond, até chegar a Paul Valéry (síntese):

Les événements m’ennuient”
(Os acontecimentos me entediam). Ou me chateiam, 
na tradução livre”diz o Otto em sua página de 1991.

– “Outro dia me apanhei bocejando de tédio diante da televisão“, diz o cronista que era do tipo insone. É o bastante em matéria da Razão para me fazer refletir sobre como outro grande – o poeta gaúcho Mário Quintana traduzia esse tédio. E sobre a política  (a realidade) o que tens a dizer, poeta? – teria lhe perguntado um jovem repórter.
– Ah, eu nada tenho a ver com ela. Só estou imerso na realidade. É tudo.
E se não foi exatamente isso que disse o poeta gaúcho, assim é que me entrou o dito memória adentro; sendo o caldo que me resta na memória, e com o qual desejo levar o leitor, agora, a pensar sobre o episódio de nosso alcaide contra o humorista (Garcia versus Jorge Braga – prefeito vs. humorista de O Popular).

(…) Ah, sim, agora recuperei os versos do Quintana:

Soneto V

Eu nada entendo da questão social.
Eu faço parte dela, simplesmente…
E sei apenas do meu próprio mal,
Que não é bem o mal de toda a gente,

Nem é deste Planeta… Por sinal
Que o mundo se lhe mostra indiferente!
E o meu Anjo da Guarda, ele somente,
É quem lê os meus versos afinal… 

(…)

E este cronista-blogueiro, poeta-menor, imerso que está nessa coisa chamada realidade política, vê na crônica de Otto uma acuidade, uma agudeza notável, que a faz tornar viva.

Viva no justo momento em que o partido do nosso prefeito municipal tenta impor ao país sua vontade de controlar a imprensa, surge uma polêmica que intitulei “Garcia versus Braga“.

E assim sinto-me como o Quintana (aquele diante da questão social), ou como o Otto Lara Resende (este diante da pena-de-morte). Semelhante a tantos outros, diante da mesmice da discussão sobre censura em nosso país (e alhures): “Dessa discussão não nasce Luz, só perdigotos” (O.L.R.) . E, portanto, a crônica de Otto se reedita, pois, morro de tédio.

Afinal, “le monde est frivole et vain, tant qu’il vous plaira. Pourtant, ce n’est point une mauvaise école pour un homme politique”,   afirmava o escritor Anatole France em outro contexto. Sou forçado a concordar que “Ah, o Mundo – o mundo é frívolo e vão, de tal modo que, se ao político agrada, ao eleitor pode até ao choro nos levar. No entanto, não é de modo algum má escola para um homem político…

Veja, Sr. Prefeito, aonde nos leva a escola do mundo.
E se a algum leitor, a quem a política não tenha destituído ainda o senso de humor (e espero que nunca detenha o direito) de rir ou chorar; se para esse leitor persiste válida a crença de que uma charge não pode nos fazer entrar em choque com a crença maior nos valores da democracia, repito: o tédio não ataca nem por tão pouco o riso se aplaca… Vivamos o direito de sorrir e chorar, sem censura!

E mesmo que pareça ‘off-topic’, finalizo recomendando (re)leitura de um texto famoso (agora reabilitado por Daiana, em administradores.com) intitulado “Mensagem à Garcia” – algo que só um herói (como diz a Daiana no blog linkado – “…o herói é aquele que dá conta do recado: que leva a mensagem a Garcia! – seja humorista ou anônimo portador de u’a mensagem importante.

Porque Braga não é Rowan, o alcaide só tem Garcia no sobrenome, mas a história vale a pena pelo que nos ensina sobre valores hoje tão ausentes – “Mensagem a Garcia” é uma expressão corrente, para designar uma tarefa muito difícil e espinhosa, mas que é absolutamente necessária, e precisa ser realizada de qualquer maneira, sob risco de grandes perdas para a empresa”.

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Post-Post.: Aos advogados do Alcaide, ressalto que, em princípio, trata-se o último de texto não-censurável, pois que corre mundo em diversos idiomas, de autoria de Helbert Habbard (1899). Confira: http://bit.ly/1Jz9Lei

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E quem quiser entender a história, que vá atrás com este link – “Garcia vs. Braga” http://bit.ly/GarciaVsBraga

Outras fontes citadas (links) + Anatole France, em “Le Jardin D’Epicure” (1949); Otto Lara Resende, “Bom dia para nascer”, Cia.das Letras, 1993.

Posts ligeiros (1)

Imagem

Quase uma legenda: minhas amadas árvores.
Um dia compramos um terreno, minha mulher e eu. Lá havia sete árvores.
Planejamos e projetamos tudo para que nenhuma fosse sacrificada.
Do projeto ao acabamento, às árvores prestamos homenagem e respeito.
Mantivemos as sete – uma delas engastada no beiral da garagem improvisada, pois garagem não havia.
Um dia, nos mudamos.

Tamburil, orelha-de-macaco...

Tamburil, orelha-de-macaco…

O cidadão que a nossa casa comprara, mandou meter a serra-elétrica nas copas frondosas e a tudo destruiu.
Mudança feita, abraçamo-nos às árvores do novo território. Onde há esse tamburil centenário, abraço-me à terra que nos é dada. Felizes, minha mulher e eu; genros e filhas e netos. Um caloroso abraço que não cessa de me dar alegria.

#Photo101 – Solitude

Solitude

Solidão, Amor

Poema do Livro “Cadernos de Sizenando”, p.72

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Fonte (c) QUEIROZ, Adalberto. “Cadernos de Sizenando”, Goiânia, Ed. Kelps, 2014, p.72.