Poemas inéditos, 2020 (1)

Isaías fala

Vida minha vida de tecelão,
que vai tecendo malha simples
tal qual a de todo cidadão –
era trama antes de lhe cortarem
de uma vez sua essência de trama,
agora não há tear ou urdidura,
não há pente que permita levantar
ou abaixar a vista do que tecendo estava,
não há passagem tecida; não há nada –
só a parede que recebe o pranto;
e o choro sobe ao alto: até o rei de Judá chorou.

Que agulha, qual navete a mim deixada,
antes que o relógio de Acaz seja atrasado
e produza a sombra: os quinze anos a mais
que lhe são dados de sonho antes do Sono?
Urdidura de tudo é tensa; não resolve a parada.
Sentindo o coração doente de desejo,
de morte tenho a alma adoentada.

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Centenário da poetisa Dora Ferreira da Silva

Rondando as fronteiras do sagrado
Dora Ferreira da Silva (centenário)

No ano do centenário da poeta Dora Ferreira da Silva, somos brindados por uma edição que para mim é o lançamento do ano no mercado editorial brasileiro “Uma via de ver as coisas[i]”, segunda edição de um livro que foi pela primeira vez editado em 1973, como o segundo livro individual de Dora.

[i] SILVA, Dora Ferreira da (1918-2006). “Uma via de ver as coisas”. Goiânia: Martelo, 2018.

Para ler o artigo completo, clique na imagem abaixo.Destarte 05 SET 2018.PNG

Destarte: pensar em Natal, nos faz voltar à Bondade n´Alma…

Minha Coluna em Jornal Opção Cultural Online, neste tempo da NATIVIDADE do Cristo começo uma série de artigos sobre os Poetas e o NATAL. Confira, clicando no link abaixo:

Destarte 07 DEZ 17.PNG

Frágil armação: poemas – 2a. edição *Lançamento

* É hoje! o lançamento da segunda edição deste livrinho que conta 32 anos de publicação.

LEIA melhor avaliação crítica, feita pela escritora e acadêmica da Aflag, professora Ercília Macedo-Eckel, sobre o livro que está neste link do Opção Cultural.Flyer É Hoje.jpg

Lúcio Cardoso, poeta!

É preciso romper o silêncio que se instaura em torno de alguns escritores, é preciso revelar o que foi “injustamente deslembrado da memória editorial do mercado brasileiro“, conforme Esio Ribeiro no ensaio “Introdução à poesia completa de Lúcio Cardoso” (vide capa abaixo).

 

Ésio Ribeiro já havia publicado (e sido premiado pela Academia Mineira de Letras), em 2004,  O RISO ESCURO OU O PAVÃO DE LUTO: Um Percurso pela Poesia de Lúcio Cardoso… Amostra em Google Livros.

HOJE, 04/07, dia da Festa de Santa Isabel de Portugal, saiu meu artigo –  que intitulei de uma mini resenha de um “baita livro”. Clique na figura abaixo para ler o artigo na íntegra em Terça Poética do Opção Cultural.

O católico poeta, ficcionista, artista Lúcio Cardoso deixa-se ver em sua alma pura e atormentada. Octávio de Faria, outro romancista e grande esquecido, já o sabia e via na poesia dele, Lúcio a “mesma angústia que está em Augusto Frederico Schmidt e cheio do sofrimento que está em Vinicius de Moras, mas também possuído de toda uma emoção nova que só está nele porque é essa a sua originalidade, sua marca de poeta independente e de grande poeta…
(Faria, 1935, p.336, cit por Esio Ribeiro no livro resenhado, p.65.). Em tempo: O Esio Ribeiro também pode ser lido em um blog (um tanto desatualizado) em http://esioribeiro.blogspot.com.br/search?q=cardoso

O MEU ARTIGO EM OPÇÃO CULTURAL ONLINE:
Capa artigo sobre Esio_Lúcio Cardoso.JPG

http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?ID=409363

http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?id=412769

 

Projeto Poesia Falada (JORGE DE LIMA)

POEMA 22
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Veio um dia, de qualquer solidão,
o raro amigo – duplo de mim – o poeta.
Eu já o havia pressentido e esperado
mas ninguém tinha me dito que era ele.
Entretanto é um homem tatuado,
de sinais invisíveis e rituais.
Seus olhos são tão claros diante dos meus
e seus gestos são tão homólogos aos meus gestos,
que ele deveras é a minha semelhança.
O seu corpo esguio é crivado de facetas cristalinas
e de pequenas pálpebras que ficam abertas noite e dia.
Em vão a metade deste ser
quis resistir à sua dupla fascinação;
mas quedou integrada em si própria,
como carne real irrigada de luz.
Por isso, nunca paramos nas tentações de passagem.
E ainda somos, como no Início, verdadeiramente selvagens.
Pois nos desdentamos indiferentemente
nos orvalhos noturnos,
e nas flores que conseguem brotar sobre as neves eternas.
Frenquentemente amedrontamos com ressurreições sucessivas
os que caminham distraídos no ocaso.
Uma inflexão de nossa voz repercute em Mira-Celi;
mas quem negará que as nossas vozes não são as vozes de nossos seguidores?
Pois se ouvem neste recanto do parque
gritos que nos precederam,
ressoando séculos atrás de nós.
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De “Anunciação e Encontro de Mira-Celi”, em Poesia/Obra Completa-vol 1, Ed. Nova Aguilar, p.522/3.

NU:UN

Poema X.

Dos Cadernos de Sizenando, vol. II.
Clique sobre a figura do Cristo para ler.
Cristo de Charbonnel--633800_6

Alô, Poesia! Hello Poetry!

Dos “Cadernos de Sizenando” (1).
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<<<eBook aqui.Cadernos de Sizenando_Capa - Edited

Poesia Falada – Poemas de João Cabral de Melo Neto

SEGUIDA DE ALGUNS POEMAS.

A Educação Pela Pedra (1)
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A trilha sonora – graças a GooglePlay com Sérgio Ferraz.
Suite Ibérica – Sérgio Ferraz.

Sérgio Ferraz

Suíte Ibérica


Assim foi a “1a. Noite Cultural Acieg/Ube-GO – Homenagem a Augusto Frederico Schmidt

AMIGOS da Acieg e da Ube; diletos associados e escritores – recebam meu mais sincero “Muito Obrigado!” pela acolhida e o carinho que demonstraram participando da organização e da celebração da 1a. Noite Cultural – “Homenagem a Augusto Frederico Schmidt”.

À Fundação Yedda & Augusto, meu muito obrigado por repercutir.
Aos parceiros do evento, um super-Obrigado, em especial a Mário Zeidler Filho e Editora Livraria Caminhos.

Homenagem a Augusto Frederico Schmidt (pág.1)

Homenagem a Augusto Frederico Schmidt (pág.1). Editora Caminhos.Acieg/Ube.Org.  Adalberto de Queiroz.

Que venham outras noitadas de poesia na Acieg.
Saiba como foi o evento no site da Acieg.
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Colagem Schmidt, Acieg

Colagem de momentos da Homenagem a Augusto Frederico Schmidt, Acieg, Goiânia, 21/MAI/2015.


**Obs.: Sobre o Poema Falado do vídeo –

Trechos de Soneto sobre a Luz (e não ‘Luz do Mar’, como os técnicos fizeram constar sobre o vídeo).

Poema Falado – vídeo.