Em “DESTARTE” no Opção Cultural, em minha crônica literária, mantenho o foco no livro de Marco Lucchesi, “Os olhos do deserto” (2000), um diálogo intercultural e ecumênico com as culturas do Oriente, sobretudo o mundo árabe e judaico.
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Lucchesi, Drummond e adeus! ano velho…
A tendência do cronista, já disse, é fazer o que todos fazem, mas as listas abundam em redor, melhor fazer um levantamento poético-afetivo do ano que finda. E para isso, as musas me concederam lembrar de dois poetas – Lucchesi, tradutor e escritor e do poeta Carlos Drummond de Andrade, que em sua receita de ano novo, constata que há muitos que insistem em sonhar com o champanhe e a birita para desvelar o que só o interior pode revelar: a fórmula de um bom Ano Novo.
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Giacomo Leopardi (1), a poesia consoladora…
Destarte, #3 – O futuro da Poesia
LEIA minha coluna desta sexta-feira, excepcionalmente não publicada na quinta-feira —, em virtude do evento de lançamento do meu “Frágil armação”(2a. edição), editado por Livraria e Editora Caminhos.
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Queres ler o quê? (VIII)
DOSTOIÉVSKI (1)
“Existem poucos escritores cuja obra tenha sido tão tenazmente mal compreendida como a de Dostoiévski. Dostoiévski é, se não o maior, decerto o mais poderoso escritor do século XIX; ou do século XX, pois a sua obra constitui o marco entre dois séculos da literatura. Literariamente, tudo o que é pré-dostoievskiano é pré-histórico; ninguém escapa à sua influência subjugadora, nem sequer os mais contrários. Parece, porém, que toda a Europa tenta resistir-lhe, instintivamente e obstinadamente; e como esse bárbaro barbado, com a face sulcada de sofrimentos, parece irresistível, os europeus entrincheiram-se, ao menos, num baluarte de interpretações erradas.“
O texto acima abre o artigo “Ensaios de interpretação dostoievskiana” em “A cinza do purgatório”, do crítico austro-brasileiro Otto Maria Carpeaux. A análise do pensamento político do escritor russo, feita por Carpeaux dá conta do que o analista chama de “interpretações erradas” diante da rica produção deste “bárbaro barbado“, pois que a Europa fixa-se no pan-eslavismo do autor que seria “um escritor político” – e, acentua o crítico austro-brasileiro: “e o é apaixonadamente”.
Para Dostoiévski político – e isso aparece não só nas “Recordações da casa dos mortos” mas, principalmente, nos “Irmãos Karamazov” trata-se de afirmar a decadência do Ocidente, a apostasia da Igreja Católica Apostólica Romana, “pregando o domínio universal dos eslavos ortodoxos”.
É irritante, constata Carpeaux, que para aprovar o escritor, tenha o leitor europeu ou ocidental (nós, brazucas, aí incluídos) que “aceitar as convicções políticas“. Não. É o que prova o belo ensaio. Podemos, adotando uma postura de C.S. Lewis, na polêmica católicos romanos versus anglicanos, falar apenas daquilo que nos une.
Se olharmos para o escritor que “fixa – com segurança, as paisagens da alma“, esse passo fica mais fácil de ser dado. Este é passo decisivo para encontrarmos o “terreno comum” entre o leitor católico romano (ou o protestante, anglicano etc) e o ortodoxo Dostoiévski, assegura Carpeaux. Para isso, é mister esquecermos o Dostoiévski que, apesar de irritar-se com a revolução política (e o advento do socialismo na Rússia), “luta pela revolução social” (similarmente ao outro grande russo Tólstoi).
O campo comum é que no fim e ao cabo, “Dostoiévski é cristão. Nós também”. Esse, no entanto, não seria ainda – para Otto Maria Carpeaux – o “campo de encontro“, porque “Dostoiévski nos recusa o direito de nos chamarmos cristãos”. Para o escritor russo, estão lado-a-lado em “O grande inquisidor” o padre romano e o operário londrino, o burguês parisiense e o professor de Heidelberg – acentua Carpeaux.
Na censura dostoievskiana à Igreja romana, coube ao cônego e teólogo católico alemão Paul Simon a melhor defesa, ensina-nos Carpeaux: quando Dostoiévski acusa a Igreja Romana de não ser a igreja de Deus mas unicamente a igreja dos homens, cai numa especia de “… censura [que] é arquivelha; ela foi destruída e volta sempre, cada vez mais violenta. Isto – diz o cônego – deve ter uma causa profunda; e – continua – se nisto não há verdade, deve haver uma “possibilidade”. “A Igreja romana não é espiritualista” – como deseja o ortodoxo Dostoiévski, “ela é a Igreja de Deus e a igreja dos homens, ao mesmo tempo. Ela é, até, profundamente humana; daí vem a eterna “possibilidade” de “humanizar-se”… ou para lembrar o título já clássico de Jacques Maritain, é o “espaço” que une “a Pessoa da Igreja a seu Pessoal” – com suas misérias e sua Graça infundida.
Esse “humanizar-se” de que nos fala o cônego Paul Simon é estendido e entendido por Carpeaux como uma possibilidade de “humanizar-se mesmo demasiadamente, razão por que no dizer de Rosmini, “as cinco chagas do corpo humano do Cristo não cessam de sangrar sobre o corpo da sua Igreja” – numa paráfrase às Cinco chagas da Santa Igreja…
Mas é justamente por isso, assevera Carpeaux, que “a Igreja deve ser a rocha de nossa condição humana, a advogada da humanidade perante o trono de Deus.”
E a coda do ensaio não podia ter senão a mesma beleza humana (e crítica) dos melhores textos do católico Otto Maria Carpeaux: “A Europa deixou, há muito tempo, de ser cristã. Porém, enquanto viver, continuará humanista. A Rússia nunca foi humanista, mas continuou, assim mesmo, cristã, até ao risco de deixar de ser humana. A morte temporal ou espiritual, nos espreita, cá e lá. Aqui, o humanismo descristianizado, petrificado na letra morta da filologia ou endurecido no disfarce de um neocatolicismo neopagão. Lá, o cristianismo desumanizado, petrificado pelo dogma da Igreja sectária ou endurecido pela dissimulação do evangelho socialista [presentemente quase inteiramente superado, digo eu, em 2017!] – Mais claramente: esses perigos já não nos espreitam, eles nos devoram. Cumpre recomeçar. Cumpre recristianizar o mundo e a fé, por um esforço de síntese, por um “humanismo cristão”, que lance uma ponte sobre o abismo.”
Sabendo assim o que nos separa daquilo que nos une ao “barbado bárbaro” Fiodor M. Dostoiévski”, Carpeaux nos recomenda transigir diante da “face barbada, sulcada pelos sofrimentos. O que nos une é o Cristo; et tout le reste est littérature. (1)”
Assim procedendo, Dostoiévski continuará atual e desafiador ao humanista cristão que o lê sem ser o intransigente leitor católico romano pronto a desafiá-lo a um duelo imaginário.
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Fonte: Otto Maria Carpeaux, “A cinza do purgatório“, Livraria Editora Danúbio, 2015, p.161/169. (1) em francês, no original: e o resto é literatura.
Quero ler… o quê? (III)
O gigante Thomas Wolfe.
Literalmente gigante. O homem, sabe-se, tinha quase dois metros de altura. Não pode ser confundido com o jornalista “Tom Wolf”, de grafia similar, porque Thomas W. é escritor que tem várias polegadas acima na qualidade do texto e tem uma imaginação criadora única, que se nos mostra nos livros deixados. Mesmo tendo morrido jovem com 38 anos, Wolfe legou-nos obras importantes, merecendo ser lido por quem ama a prosa de ficção e as boas narrativas curtas (contos).
Wolfe, agora retratado em filme, como nos conta o editor do Jornal Opção Euler Fagundes de França Belém, ele próprio editor e dono de texto digno de ser eternizado em livros – pois bem, como nos conta Euler, o filme “Mestre de gênios” trata da relação de Wolfe com seu editor Max Perkins:

Wolfe e Perkins em foto do artigo de Euler De França Belém, Opção, ed.06/11/16
“O “Mestre dos Gênios”, de Michael Grandage, é um desses excelentes filmes que passam quase despercebidos — tanto que, em Goiânia, foi exibido apenas no Cine Lumière, no shopping Bougainville. A atuação dos atores Jude Law, como o escritor Thomas Wolfe, e Colin Firth, como o editor Max Perkins, é impecável. Não deixa de ser curioso que ingleses tenham representado homens lendários da cultura dos Estados Unidos. Nicole Kidman aparece de maneira discreta como Aline Bernstein, a amante de Thomas Wolfe. Aqui e ali, há licenças poéticas, com condensações necessárias tanto para chamar a atenção do espectador quanto para tornar a história adequada ao cinema.
“Mesmo sendo uma síntese da história complicada mas produtiva entre Thomas Wolfe (1900-1938) e Max Perkins (1884-1947), o filme, inclusive o título, é, no geral, preciso. Se o leitor quer, porém, uma história mais bem contada, com nuances, deve consultar a biografia “Max Perkins — Um Editor de Gênios” (Intrínseca, 541 páginas, tradução de Regina Lyra), de A. Scott Berg, autor premiado com o Pulitzer.” – (Euler Belém, Opção, ed. 06/11/2016 – coluna Imprensa)
Mas, antes de apontar a você, leitor, o link para o belo artigo do Euler Belém, permita-me contar duas ou três cositas sobre o autor em apreço. O responsável pelo meu apreço à obra de Wolfe é o professor e crítico Rodrigo Gurgel. Em uma das aulas virtuais que assisti em março passado, o professor ensinava-nos sobre a figura do “Autor” na literatura. A par de anotar os pré-requisitos do grande autor, Gurgel sugeriu a leitura de “O trem e a cidade”.
Traçado quase como uma fígura mítica, entanto, humaníssima – o Autor imaginado por Gurgel tem que “lançar-se!” com tenacidade, resistência, dedicação, conhecimento e inteligência. Este misto de guerreiro e santo é uma amostra de alguém que exerce um ofício quase sagrado e de quem se exige “o empenho de toda a personalidade”.
É isso que lemos nos livros de Wolfe e de outros autores conscientes dessa espécie de atributos e ouvem sua vocação: Balzac, Vargas Llosa, Flannery O’Connor, Milan Kundera, Georges Bernanos, C.S. Lewis, Flannery O’Connor e o próprio Wolfe…entre muitos outros (não inclui brasileiros, o que farei em outro post da série “Quero ler…O quê?”.
Talvez por ser essa espécie híbrida de guerreiro e místico é que Balzac

Balzac no seu traje de monge – literatura como “o empenho de toda a sua personalidade” (R.G.)
gostasse de se deixar mostrar ao daguerreótipo (a máquina fotográfica primitiva ou aos pintores) com seu traje de monge.
O exemplo de Wolfe é o do encontro da própria “sintaxe” – a ordem das idéias e dos conceitos – transformada em arte sua visão particular do mundo, do que o “O trem e a cidade” foi-nos dado como exemplo de bem realizado…
Curiosa coincidência me levou a só conseguir ler o livrinho do Wolfe dentro de um trem. Era dos poucos livros que levava na bagagem e o li com grande interesse em uma viagem num trem rápido, de Helsinque a São Petersburgo. Desde a citação do autor pelo professor Gurgel, achei uma série de outros livros do autor na Amazon. Confiram no link.
Portanto, esse enorme post só quer dar resposta à pergunta do título – e série de artigos sobre leitura compartilhada: Quero ler…O quê?
– Respondo que merecem ser lidos o artigo de Euler e a ficção de Thomas Wolfe, que com este post, espero, você leitor tenha grande motivação para conhecer.
Eis um daqueles autores a quem se aplica com propriedade a frase de Flannery O’Connor: “para este escritor a forma de ficção será sempre uma forma de superar seus próprios limites, indo além e adiantes em busca das fronteiras do mistério“. Viajo com Wolfe e me delicio com sua prosa de alto nível.
“As pessoas estavam falando a língua universal da partida, que não varia no mundo inteiro – a língua muitas vezes banal, trivial e até inútil, mas por isso mesmo curiosamente tocante, já que serve para esconder uma emoção mais profunda no coração dos homens, para preencher o vazio que há em seus corações ante o pensamento da partida, para servir de escuro, uma máscara que esconda seus sentimentos verdadeiros.
“E por isso havia para o jovem, o estranho e o forasteiro que via e ouvias essas coisas, um caráter emocionante e comovente na cerimônia da partida do trem. Enquanto ele via e ouvia essas atitudes e palavras que, transposta a barreira de uma língua estranha, eram idênticas àquelas que ele vira e conhecera toda a sua vida, entres os seus – ele de repente sentiu, como nunca tinha sentido antes, a terrível solidão da familiaridade, a percepção da identidade humana que tão estranhamente une todas as pessoas do mundo, e que está arraigada na estrutura da vida dos homens, muito além da língua que eles falam, da raça da qual são membros.” (Wolfe, em “O trem e a cidade”, trad. Marilene Felinto).
O Thomas Wolfe é um craque da narrativa curta. Estou lendo agora “Of time and the river” em inglês, porque não o sabia traduzido no Vernáculo.
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Post-post: Veja fotos do trecho de “O trem e a cidade” neste link. Para visitar o site Oficial de Thomas Wolfe Society, clique aqui.
O Direito ao Tédio reeditado ou: como uma crônica pode reviver…
EM UMA CRÔNICA que bem poderia ser classificada como aguda, Otto Lara Resende dizia que todos temos “Direito ao Tédio“.
Seu argumento – se isso é matéria de preocupação do cronista (decisão que deixo para especialistas) – vem de tecer o curto fio da meada com Afonso Arinos, Drummond, até chegar a Paul Valéry (síntese):
“Les événements m’ennuient”
(Os acontecimentos me entediam). Ou me chateiam, na tradução livre”, diz o Otto em sua página de 1991.
– “Outro dia me apanhei bocejando de tédio diante da televisão“, diz o cronista que era do tipo insone. É o bastante em matéria da Razão para me fazer refletir sobre como outro grande – o poeta gaúcho Mário Quintana traduzia esse tédio. E sobre a política (a realidade) o que tens a dizer, poeta? – teria lhe perguntado um jovem repórter.
– Ah, eu nada tenho a ver com ela. Só estou imerso na realidade. É tudo.
E se não foi exatamente isso que disse o poeta gaúcho, assim é que me entrou o dito memória adentro; sendo o caldo que me resta na memória, e com o qual desejo levar o leitor, agora, a pensar sobre o episódio de nosso alcaide contra o humorista (Garcia versus Jorge Braga – prefeito vs. humorista de O Popular).
(…) Ah, sim, agora recuperei os versos do Quintana:
Soneto V
Eu nada entendo da questão social.
Eu faço parte dela, simplesmente…
E sei apenas do meu próprio mal,
Que não é bem o mal de toda a gente,
Nem é deste Planeta… Por sinal
Que o mundo se lhe mostra indiferente!
E o meu Anjo da Guarda, ele somente,
É quem lê os meus versos afinal…
(…)
E este cronista-blogueiro, poeta-menor, imerso que está nessa coisa chamada realidade política, vê na crônica de Otto uma acuidade, uma agudeza notável, que a faz tornar viva.
Viva no justo momento em que o partido do nosso prefeito municipal tenta impor ao país sua vontade de controlar a imprensa, surge uma polêmica que intitulei “Garcia versus Braga“.
E assim sinto-me como o Quintana (aquele diante da questão social), ou como o Otto Lara Resende (este diante da pena-de-morte). Semelhante a tantos outros, diante da mesmice da discussão sobre censura em nosso país (e alhures): “Dessa discussão não nasce Luz, só perdigotos” (O.L.R.) . E, portanto, a crônica de Otto se reedita, pois, morro de tédio.
Afinal, “le monde est frivole et vain, tant qu’il vous plaira. Pourtant, ce n’est point une mauvaise école pour un homme politique”, afirmava o escritor Anatole France em outro contexto. Sou forçado a concordar que “Ah, o Mundo – o mundo é frívolo e vão, de tal modo que, se ao político agrada, ao eleitor pode até ao choro nos levar. No entanto, não é de modo algum má escola para um homem político…”
Veja, Sr. Prefeito, aonde nos leva a escola do mundo.
E se a algum leitor, a quem a política não tenha destituído ainda o senso de humor (e espero que nunca detenha o direito) de rir ou chorar; se para esse leitor persiste válida a crença de que uma charge não pode nos fazer entrar em choque com a crença maior nos valores da democracia, repito: o tédio não ataca nem por tão pouco o riso se aplaca… Vivamos o direito de sorrir e chorar, sem censura!
E mesmo que pareça ‘off-topic’, finalizo recomendando (re)leitura de um texto famoso (agora reabilitado por Daiana, em administradores.com) intitulado “Mensagem à Garcia” – algo que só um herói (como diz a Daiana no blog linkado – “…o herói é aquele que dá conta do recado: que leva a mensagem a Garcia! – seja humorista ou anônimo portador de u’a mensagem importante.
Porque Braga não é Rowan, o alcaide só tem Garcia no sobrenome, mas a história vale a pena pelo que nos ensina sobre valores hoje tão ausentes – “Mensagem a Garcia” é uma expressão corrente, para designar uma tarefa muito difícil e espinhosa, mas que é absolutamente necessária, e precisa ser realizada de qualquer maneira, sob risco de grandes perdas para a empresa”.
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Post-Post.: Aos advogados do Alcaide, ressalto que, em princípio, trata-se o último de texto não-censurável, pois que corre mundo em diversos idiomas, de autoria de Helbert Habbard (1899). Confira: http://bit.ly/1Jz9Lei
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E quem quiser entender a história, que vá atrás com este link – “Garcia vs. Braga” http://bit.ly/GarciaVsBraga
Outras fontes citadas (links) + Anatole France, em “Le Jardin D’Epicure” (1949); Otto Lara Resende, “Bom dia para nascer”, Cia.das Letras, 1993.
A conversão de Murilo Mendes ou: “Retrato Da Amizade” (1)
MURILO MENDES o Poeta Brasileiro de Roma – livro de Maria Betânia Amoroso
é livro de erudição e muito informativo.
Os fãs do poeta mineiro (e cosmopolita) temos em Betânia uma fonte riquíssima de informações sobre a vida, a viagem, as amizades, os amores e a invenção muriliana.
Apesar de manter um certo jargão acadêmico, “vício do cachimbo da pesquisadora universitária“, o livro é muito bom.
DESTA FEITA, venho para registrar meu encantamento com a leitura do livro da professora Maria Betânia e a grande curiosidade não resolvida sobre o sobrenome da Autora que pode ter (ou não) a ver com meu amado Alceu.
Tamanho é meu entusiasmo com o estilo de Betânia Amoroso que já encomendei à Estante Virtual outro livro dela, Betânia: “Pier Paolo Pasolini“, sobre, evidentemente, a vida e obra do cineasta, poeta e polêmico escritor italiano.
O livro que tenho em mãos e que leio com entusiasmo foi gestado em longa pesquisa, realizada em parte na Itália (entre 2001/09), período em que Betânia Amoroso ouviu, leu e viveu (imagino, pela paixão que o texto transmite) Murilo e suas memórias.
Por ora, fiquem com o belo texto sobre a conversão de Murilo Mendes, de outra safra de Maria Betânia (os artigos), encontrado em academia.edu -, pois ainda não me considero preparado para uma resenha completa do livro, digamos que ainda estou percorrendo o caminho nesta viagem com (e sobre) “O Poeta Brasileiro de Roma”.