A tendência do cronista, já disse, é fazer o que todos fazem, mas as listas abundam em redor, melhor fazer um levantamento poético-afetivo do ano que finda. E para isso, as musas me concederam lembrar de dois poetas – Lucchesi, tradutor e escritor e do poeta Carlos Drummond de Andrade, que em sua receita de ano novo, constata que há muitos que insistem em sonhar com o champanhe e a birita para desvelar o que só o interior pode revelar: a fórmula de um bom Ano Novo.
**************Clique na figura abaixo para ler a crônica na íntegra!****************
Arquivo da tag: Poemas Católicos
Para ler e ouvir na Quaresma, 2017 (I)
POEMA E MÚSICA
(vá até o final do post, para ouvir canto gregoriano)*
De
Paul Claudel, Le Chemin de la Croix (1) – 1a. estação.
C’est fini. Nous avons jugé Dieu et nous l’avons condamné à mort.
Nous ne voulons plus de Jésus-Christ avec nous, car il nous gêne.
Nous n’avons plus d’autre roi que César! d’autre loi que le sang et l’or!
Crucifiez-le, si vous le voulez, mais débarrasser-nous de lui!
Qu’on l’emmène!
Tolle! Tolle!
Tant pis! Puisqu’il le faut, qu’on l’immole et qu’on nous donne Barabbas!
Pilate siège au lieu qui est appelé Gabbatha.
“N’as-tu rien à dire? ” dit Pilate.
Et Jésus ne répond pas.
“Je ne trouve aucun mal en cet homme”, dit Pilate,
“mais bah! Qu’il meure, puisque vous y tenez!
Je vous le donne.
Ecce homo. ”
Le voici, la couronne en tête et la pourpre sur le dos.
Une dernière fois vers nous ces yeux pleins de larmes et de sang!
Qu’y pouvons-nous?
Pas moyen de le garder avec nous plus longtemps.
Comme il était un scandale pour les Juifs, il est parmi nous un non-sens.
La sentence d’ailleurs est rendue, rien n’y manque, en langages hébraïque, grec et latin.
Et l’on voit la foule qui crie et le juge qui se lave les mains.
./.
*Música proposta >>> Canto Gregoriano >> DIES IRAE
Poema de Natal
Natal, 2016
Vendo piscantes luzes à vitrine exposta,
à véspera do Natal de Jesus; acende-se
em mim de pronto este mortal desgosto
do falso brilho emanado dessa luz.
Não há nesses presentes ouro, incenso e mirra.
Sábios de bom gosto; presentes de dois mil anos;
antes fossem hoje mimos a compor eterno hino.
Entanto, hoje, não há senão mercadoria
n’alma do infante extasiada e fria —
que marca p’ra sempre a criança inerte.
Há múltiplos bens todos vazios:
comprando o que de Graça teríamos —
a vida e a alegria do Jesus Menino.
∴∴∴∴∴∴∴
*Draft de poema inédito em livro.
Entrevista ao Opção Cultural
Nota
No mínimo…#26
A última palavra
p/r.n.s.
A última palavra a ser dita?
Dimas teria bem dito –
– “Para nós isto é justo…”
Ante à cruz e sua desdita.
Das três cruzes fincadas
No Gólgota, castigo havia
A um dos três não merecido.
Se receberam o que mereciam
Dois dos torturados; ao Outro
Mal nenhum se lhe atribuíram.
…
– Agora, somos só nós dois!
Teria dito Georges no portal,
no limiar inesperado das gentes.
– O que nos restará dizer à Tal?!
./.
25.2.2016.