CINQUENT’ANOS
Autor – Adalberto de Queiroz
p/ u.e.
Agora que o grisalho
Impera e pouco temo
de volta de o malho
do oponente desatento
ao que me vai n’alma.
Aos cinquenta e tantos
pergunto-me: resta o quê?
– a quem fazer o bem,
que mal evitar? De que
modo nesta idade
eu, aquele que imaginara
Morto aos 25, trinta;
embora minha avó viva
até hoje na memória –
ter visto o mundo insano
até os noventa e tantos.
Você que me lê, metade
talvez tenha do tanto
dinossauro tempo vivido;
portanto, d’antes a morte
mostre as garras: escreva versos
Bons ou ruins tanto se me dá:
mas os publique ante que tarde. |
Fonte: Cadernos de Sizenando, vol. II, em preparo.
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Belo poema!! Que venha o segundo!
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Obrigado, Nelsinho.
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