No mínimo…#10


Geografia II*Nasaprojectapolloarchive_nocredit

Havia a lua a conquistar: magno evento.
Mas a vida corria normal em solo firme
Ah, e os sustos: o estômago puro vento;
Eu silente, exausto, adormecia inerme.

Entanto, no cerrado havia muitas frutinhas.

E havia a revolução, e reuniões de oração.
Quando dormia no meio do Pai-Nosso.
Uma centena de orantes à espera de um milagre.

Então Seu Roque viajava para o Interior –
Com seu carrossel de slides e nossas fotos
Não havia quem não doasse alguma coisa:

– Um capado, um saco de arroz, bananas
Em cachos; voltava no fordinho velho
Mas bem fornido; tão feliz, e barbado.
& The United Brothers enviavam cartas.
Dentro dessas meu primeiro bookmark
E o desejo de conhecer o estrangeiro…

Na escola dominical, aprendi os 10 Mandamentos.
Ficava triste nas tardes de domingo; ainda agora.
Um gosto de mangaba e o dedão do pé doendo
Como quando chutava lobeiras em lugar de bolas.

O abrigo era o melho lugar do mundo limpo
O quintal; o milharal capinado; havia o Careta
Nosso cavalo; o Thinka – latindo para o Leão.
Éramos tão felizes quando banhados à espera
De vovó Cecília e seus doces de buritis…
Jesus, como era o teu nome chamado.
Até que o Filemon teve convulsão e tudo desabou
Sobre nossas cabeças como o Apocalipse de S. João.

Fim.

Anapolis Histórica

Primórdios da cidade de Anápolis.

./.
*Do livro “Cadernos de Sizenando, vol. II”, 2016 – no prelo.

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