Natal, 2016

Vendo piscantes luzes à vitrine exposta,
à véspera do Natal de Jesus; acende-se
em mim de pronto este mortal desgosto
do falso brilho emanado dessa luz.

Não há nesses presentes ouro, incenso e mirra.
Sábios de bom gosto; presentes de dois mil anos;
antes fossem hoje mimos a compor eterno hino.

Entanto, hoje, não há senão mercadoria
n’alma do infante extasiada e fria —
que marca p’ra sempre a criança inerte.

Há múltiplos bens  todos vazios:
comprando o que de Graça teríamos —
a vida e a alegria do Jesus Menino.

∴∴∴∴∴∴∴

*Draft de poema inédito em livro.

Avatar de Adalberto Queiroz

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2 respostas para “Poema de Natal”.

  1. Avatar de Adalberto Queiroz

    Republicou isso em Literatura Goyaze comentado:

    Poema de Natal, por Adalberto Queiroz.

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  2. Avatar de Nelsinho

    Belíssimo! Sim, sincronizados, em prosa e verso!… Tenham um belo Natal em família!

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