2015 – Fatos relevantes (1)


*FATO RELEVANTE PARA UNS MUITOS, milhões de brasileiros -, aquilo que conta mesmo é a guerra pelo impedimento da Presidente da República. A uns poucos -, uma minoria que quando quer é bem barulhenta, interessa que fique tudo como d’antes, no quartel de Abranches.

Não que eu não queira vê-la impedida de desmandos do desgoverno –  incluindo os linguísticos; mas estou mais focado no meu pequeno mundo; o Afeto e a dedicação aos que o merecem de minha parte, torna todo o resto quase irrelevante – com seus ritos e ratos (parafraseando o poeta Luiz de Aquino)Netos Livro de Amor

Independente de que apito eu tocar, o país há de continuar sua marcha rumo à civilização, malgrado o mal que moralmente nos afeta a todos; malgrado o que fizerem os do contra para impedir a história. Dito assim, parece que apito para o time de vermelho. Não, não, falo da questão moral, nem da política com p minúsculo. Curado o mal que as nossas almas enfuma, nada nos impedirá de prosseguir rumo ao futuro sem desastres maiores.

Portanto, prossigamos, mas não me chamem para a rua. Sinto-me como aquele personagem (Coronel Slade) na cena de um julgamento em Perfume de Mulher:

– “Mostraria, mas estou muito velho, muito cansado e puta cego. Se fosse o homem de 5 anos atrás, acabaria isto com um lança-chamas!

φφφφφφ

Melhor, pois, voltar ao essencial e aos cuidados da alma, cuidar do meu jardim.

Há os projetos de fim-de-ano. Todo ano, procuro fazer um balanço do que li, do que empreendi, das vitórias e dos tombos que levei. E em meio à tormenta ou à bonança, agradeço ao Criador por estar vivo e no exercício de minha autonomia.

Não é um balanço bancário. Aqui, a economia da salvação do ano indica o que plantei; o que pode ser colhido agora – ou já o foi; o que está a caminho.
lista2bleituras2b19762b1Humano constatar que gostei de coisas, desgostei de outras, ao longo dos quase doze ciclos de luas vividos. Como gostei e desgostei de páginas lidas. Haverá uma bendita lista, como há mais de 40 anos meus cadernos registram.

Muitos embates me fortaleceram. Lutas por objetivos comuns – em família, entre amigos – , me fizeram acreditar ainda mais na colaboração, na força do Amor conduzindo tudo e na mística de uma escolha inspirada pelo coração e não apenas pela Razão.

Eis-nos aqui, ao final de um ciclo,  fazendo contas; projetando novas metas individuais e coletivas. Uma certa descrença parece tomar conta de muitos de meus compatriotas. Não há quem fique incólume quando viaja às grandes cidades – como fiz há pouco, visitando São Paulo por duas vezes ao longo dos últimos 30 dias. A cidade reflete o corpo moído, vendido, punido pela droga (crack, sobretudo) e vai deixando expostas as feridas do desgoverno, do abandono, da exaustão de um modelo de gestão incompetente e populista.

O mosquito da dengue já prolifera como vetor de outras tantas de nomes estranhos e apocalípticos em seus efeitos – o Brasil vive uma “zika” – e sem conseguir debelar os males do espírito, padece de uma doença d’alma; doença que causa outros pequenos males – como a brotoeja que anunciasse Mal maior.

Mas o relevante no meio à tempestade do coletivo é o que se passa em nossas casas, quando estamos em Família. Aqui, o ruidoso mundo externo se desmonta, dando lugar ao que nutrimos com o afeto e o Amor do dia-a-dia.

Depois de episódios bem evidentes, nestes últimos meses, minha mulher necessitou de cuidados médios. Depois d um marcapasso implantado, ela fez uma guinada na rotina; está mais feliz, mas ativa, mais animada e cheia de projetos para o ano que se segue; na curva mental que todos fazemos daqui a 18 dias.
No ano que se anuncia, outros planos se desenham, viagens se agendam, sóis e luas são esperados com renovado vigor para iluminar nossas vidas, qualquer seja o mandatário dos destinos públicos de nosso país.

O que é relevante é o que vivemos no pequeno núcleo familiar.
São os Afetos, os que jamais se encerram; as carícias que nos permitimos; as manhãs douradas pelo Sol em que tomamos silenciosos nosso café-da-manhã, à véspera de aventuras de mais um dia de vida. Relevante é a Gratidão. São ainda da mesma espécie: os netos, os gatos, os salamandras que protegem a casa do fogo destruidor, a água pura e fresca que nos refresca em meio às tardes de verão; relevante é o ser.

Só com uma força desse corpo afetivo, podemos ter ânimo renovado para encarar o que está posto como corpo coletivo – a cidade, o estado a república – que outra coisa não é senão a soma desses pequenos corpos que padecem se não movidos pelo Amor.

Balanço de projetos de 2015 (parcial)

Projeto 1 – Livreto e palestra sobre Cinquentenário da morte de A.F. Schmidt.

Projeto 2 – Opção e revista Bula – colaborações.

Projeto 3 – Cult Jaó – 1a. Semana Cultural (2015).

Projeto 4 – Raízes Jornalismo Cultural – artigos e programas na PUC Tv.

Projeto 5- Literatura Goyaz: Antologia 2015.

Uma parceria contínua – Jornal Opção – 40 Anos.

adalberto

Foto no cenário de PUC TV – republicada em Opção, ed. 2110, 13.12.2015.

O jornalista, empresário e poeta Adalberto Queiroz afirma que manter um jornal com um suplemento dedicado à cultura é uma sofisticação que demonstra o destemor de um jornal do interior do País.

Segundo ele, a província de “Goyaz”, como se refere ao Estado, que produz tanto em agricultura, indústria de transformação e serviços, sendo um exemplo de crescimento, não poderia nunca deixar que um semanário, como o Jornal Opção e seu suplemento cultural viessem ser ameaçados. “O que se sabe, no entanto, é que na briga pela sobrevivência do jornal impresso, uma das primeiras editorias a pagar o preço do corte é a de cultura.Mas noJornal Opção.” De acordo com Adalberto Queiroz, ao completar 40 anos, o Jornal Opção dá um exemplo de grandeza como semanário: “Merecê-lo-ia a ‘Província’? Resposta que de­mons­traria grandeza seria manter o jornal impresso, incluindo aí a cultura, literatura, música e as artes plásticas em destaque. Que o jornal ganhe força na grande rede e se firme, mantenha-se independente e continue como difusor da cultura, num Estado que não é apenas o da capital chamada ‘Boiânia’. Longa vida ao Jornal Opção e ao suplemento Cultural”.
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(*)Conceito: Assim define a Comissão de Valores Mobiliários –CVM : diz-se do ato ou fato relevante qualquer decisão do(s) acionista(s) controlador(es), deliberação da assembléia geral, deliberação dos órgãos de administração da companhia ou qualquer outro ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico-financeiro, ocorridos ou relacionados aos seus negócios, que possam influir de modo ponderável nos destinos da empresa ou organização.


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