Para os poetas Augusto Frederico Schmidt e Tasso da Silveira…
E ao traçar estes dois perfis em resumida crônica, encerro o ciclo “Poetas católicos do Brasil”.
Confira o artigo na íntegra, clicando no link abaixo:
*FATO RELEVANTE PARA UNS MUITOS, milhões de brasileiros -, aquilo que conta mesmo é a guerra pelo impedimento da Presidente da República. A uns poucos -, uma minoria que quando quer é bem barulhenta, interessa que fique tudo como d’antes, no quartel de Abranches.
Não que eu não queira vê-la impedida de desmandos do desgoverno – incluindo os linguísticos; mas estou mais focado no meu pequeno mundo; o Afeto e a dedicação aos que o merecem de minha parte, torna todo o resto quase irrelevante – com seus ritos e ratos (parafraseando o poeta Luiz de Aquino)
Independente de que apito eu tocar, o país há de continuar sua marcha rumo à civilização, malgrado o mal que moralmente nos afeta a todos; malgrado o que fizerem os do contra para impedir a história. Dito assim, parece que apito para o time de vermelho. Não, não, falo da questão moral, nem da política com p minúsculo. Curado o mal que as nossas almas enfuma, nada nos impedirá de prosseguir rumo ao futuro sem desastres maiores.
Portanto, prossigamos, mas não me chamem para a rua. Sinto-me como aquele personagem (Coronel Slade) na cena de um julgamento em Perfume de Mulher:
– “Mostraria, mas estou muito velho, muito cansado e puta cego. Se fosse o homem de 5 anos atrás, acabaria isto com um lança-chamas!
φφφφφφ
Melhor, pois, voltar ao essencial e aos cuidados da alma, cuidar do meu jardim.
Há os projetos de fim-de-ano. Todo ano, procuro fazer um balanço do que li, do que empreendi, das vitórias e dos tombos que levei. E em meio à tormenta ou à bonança, agradeço ao Criador por estar vivo e no exercício de minha autonomia.
Não é um balanço bancário. Aqui, a economia da salvação do ano indica o que plantei; o que pode ser colhido agora – ou já o foi; o que está a caminho.
Humano constatar que gostei de coisas, desgostei de outras, ao longo dos quase doze ciclos de luas vividos. Como gostei e desgostei de páginas lidas. Haverá uma bendita lista, como há mais de 40 anos meus cadernos registram.
Muitos embates me fortaleceram. Lutas por objetivos comuns – em família, entre amigos – , me fizeram acreditar ainda mais na colaboração, na força do Amor conduzindo tudo e na mística de uma escolha inspirada pelo coração e não apenas pela Razão.
Eis-nos aqui, ao final de um ciclo, fazendo contas; projetando novas metas individuais e coletivas. Uma certa descrença parece tomar conta de muitos de meus compatriotas. Não há quem fique incólume quando viaja às grandes cidades – como fiz há pouco, visitando São Paulo por duas vezes ao longo dos últimos 30 dias. A cidade reflete o corpo moído, vendido, punido pela droga (crack, sobretudo) e vai deixando expostas as feridas do desgoverno, do abandono, da exaustão de um modelo de gestão incompetente e populista.
O mosquito da dengue já prolifera como vetor de outras tantas de nomes estranhos e apocalípticos em seus efeitos – o Brasil vive uma “zika” – e sem conseguir debelar os males do espírito, padece de uma doença d’alma; doença que causa outros pequenos males – como a brotoeja que anunciasse Mal maior.
Mas o relevante no meio à tempestade do coletivo é o que se passa em nossas casas, quando estamos em Família. Aqui, o ruidoso mundo externo se desmonta, dando lugar ao que nutrimos com o afeto e o Amor do dia-a-dia.
Depois de episódios bem evidentes, nestes últimos meses, minha mulher necessitou de cuidados médios. Depois d um marcapasso implantado, ela fez uma guinada na rotina; está mais feliz, mas ativa, mais animada e cheia de projetos para o ano que se segue; na curva mental que todos fazemos daqui a 18 dias.
No ano que se anuncia, outros planos se desenham, viagens se agendam, sóis e luas são esperados com renovado vigor para iluminar nossas vidas, qualquer seja o mandatário dos destinos públicos de nosso país.
O que é relevante é o que vivemos no pequeno núcleo familiar.
São os Afetos, os que jamais se encerram; as carícias que nos permitimos; as manhãs douradas pelo Sol em que tomamos silenciosos nosso café-da-manhã, à véspera de aventuras de mais um dia de vida. Relevante é a Gratidão. São ainda da mesma espécie: os netos, os gatos, os salamandras que protegem a casa do fogo destruidor, a água pura e fresca que nos refresca em meio às tardes de verão; relevante é o ser.Só com uma força desse corpo afetivo, podemos ter ânimo renovado para encarar o que está posto como corpo coletivo – a cidade, o estado a república – que outra coisa não é senão a soma desses pequenos corpos que padecem se não movidos pelo Amor.
Balanço de projetos de 2015 (parcial)
Projeto 1 – Livreto e palestra sobre Cinquentenário da morte de A.F. Schmidt.
Projeto 2 – Opção e revista Bula – colaborações.
Projeto 3 – Cult Jaó – 1a. Semana Cultural (2015).
Projeto 4 – Raízes Jornalismo Cultural – artigos e programas na PUC Tv.
Projeto 5- Literatura Goyaz: Antologia 2015.
Uma parceria contínua – Jornal Opção – 40 Anos.
Foto no cenário de PUC TV – republicada em Opção, ed. 2110, 13.12.2015.
O jornalista, empresário e poeta Adalberto Queiroz afirma que manter um jornal com um suplemento dedicado à cultura é uma sofisticação que demonstra o destemor de um jornal do interior do País.
Segundo ele, a província de “Goyaz”, como se refere ao Estado, que produz tanto em agricultura, indústria de transformação e serviços, sendo um exemplo de crescimento, não poderia nunca deixar que um semanário, como o Jornal Opção e seu suplemento cultural viessem ser ameaçados. “O que se sabe, no entanto, é que na briga pela sobrevivência do jornal impresso, uma das primeiras editorias a pagar o preço do corte é a de cultura.Mas noJornal Opção.” De acordo com Adalberto Queiroz, ao completar 40 anos, o Jornal Opção dá um exemplo de grandeza como semanário: “Merecê-lo-ia a ‘Província’? Resposta que demonstraria grandeza seria manter o jornal impresso, incluindo aí a cultura, literatura, música e as artes plásticas em destaque. Que o jornal ganhe força na grande rede e se firme, mantenha-se independente e continue como difusor da cultura, num Estado que não é apenas o da capital chamada ‘Boiânia’. Longa vida ao Jornal Opção e ao suplemento Cultural”.
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(*)Conceito: Assim define a Comissão de Valores Mobiliários –CVM : diz-se do ato ou fato relevante qualquer decisão do(s) acionista(s) controlador(es), deliberação da assembléia geral, deliberação dos órgãos de administração da companhia ou qualquer outro ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico-financeiro, ocorridos ou relacionados aos seus negócios, que possam influir de modo ponderável nos destinos da empresa ou organização.
Leveza & Esperança | Literatura e Arte: um olhar Cristão
IMPRESSIONANTE como em minhas leituras sou vítima de uma tendência a pensar em círculos.
Nada mal, pois que desses círculos, saio sempre nutrido mas com uma certa fadiga.
Se e quando a leitura me agrada, penso em esparramar o amor ao texto (livro, artigo) lido; mas aprendi que para refletir sobre o que foi lido, é preciso tempo e um projeto contínuo de leitura e reflexão.
Duro é quando o ciclo (ou círculo) – como agora – anuncia-se como passado e a reflexão objetiva e lógica parece não vir.
(…)EIS PORQUE TAIS FASES precisam ser emolduradas em seus próprios limites. Em minhas leituras foram tantas as fases quantas idades. Ventos diversos me levaram (e continuam me levando) a uma espécie de ‘rincão’, um “terrain”, donde colho algumas boas uvas e parece necessário um certo tempo para que essas se acomodem até se transformar em suco ou vinho e possa passá-las a uma garrafa e transportá-las, já consumíveis, por algum leitor ávido do fruto da videira do leitor, o outro. Busco o segredo e o limite, esperando…
LEMBRO-ME com alegria de fases de leituras antigas e essas se vão, como a água do João Leite, pois que nunca hei de considerar-me um leitor de Araguaia, Tocantins ou – suprema vontade – um leitor amazônico.
HOUVE um tempo em que me debrucei sobre os gregos, a Eneida eu a comprei num livrinho barato dessas editoras (livro de bolso), creio que Ediouro. Eu quebrei-o em pedaços que levava comigo no trajeto até o trabalho. E assim fui substituindo os “pedaços” até o final do longo poema Virgiliano. Vieram outros da mesma safra e preço.
COM a biblioteca Pública de Porto Alegre, vieram-me os livros emprestados e lidos durante as noites frias da cidade de Dyonélio Machado (ou por onde ainda passeava o poeta-anjo e suas heras, Mário Quintana). Uma das fases mais interessantes deste período ficou-me gravada – a leitura das fantasias de J. L. Borges e seu amigo Adolfo (Bioy Casares).
JÁ ganhava alguns trocados a mais e pude começar minha coleção de livros que ia alinhando nas prateleiras de minha casa (apartamento) em Porto Alegre. Os sebos sempre foram uma fonte acessível e me deram a Comédia Humana de Balzac em estado de seminovos. Dias e noites de boa leitura. Cartas, anotações, paixão.
Minha mulher não teve dúvida, anos mais tarde, de nomear nosso lindo ‘collie’ de Balzac; a quem o amigo francês, quando nos honrava com sua visita chamava-o por Honoré…
Comecei pensando nas leituras e na pilha de livros e nas fases para tecer-lhes a planta-baixa de minha dificuldade atual. Tenho todo o tempo do mundo para ler e não consigo palmilhar a lista interminável de livros (bons) que alinhei para a leitura, sobretudo com o apoio do curso de Filosofia que faço online.
JUSTO quando a fase de Augusto Frederico Schmidt, revisitado por seis meses, é dada como fase passada, tenho a chance de publicar um ensaio em uma conceituada revista online, mas sinto-me paralisado pela síndrome do “ensaio-que-não-sai…”
Se é verdade que “o grande segredo da ação bem sucedida é o seu limite” – como ensina-me o pensador Olavo de Carvalho –, eis-me a impor um limite.
O limite da hora presente é o de ouvir o ruído da ventania que me traz um dado autor (ou conjunto de autores, pois que nunca chegam sozinhos); prescrutar-lhe(s) o sentido e a mensagem da(s) obra(s), artigos, aulas etc. e deixar passar um tempo, até que amadureça o bom vinho do ensaio, da reflexão meditada.
Ensaio que no fundo é “tentativa” de dizer algo, para além do que foi lido.
Eis um plano aceitável como limite para um leitor que deseja colocar na imortalidade sua esperança.
Assim, o ensaio virá e já disponho de uma justificativa interessante perante o amigo-professor Francisco, mesmo que a fase A.F. Schmidt pareça ter visto seu FIM.
As múltiplas ações: faces do poeta: o articulista e o empresário bem-sucedido, que se fez com muito trabalho, que nunca teve inimigos, mas que arrumou um “Lacerda” como oponente irascível e polemista incansável…
O grande lírico, o “poeta-gordo“, o poeta do amor, do mar, da morte. “O poeta de Deus” mas capaz de versos de erotismo velado…
Revista LINK ACIEG destaca evento Homenagem a Schmidt.
AMIGOS da Acieg e da Ube; diletos associados e escritores – recebam meu mais sincero “Muito Obrigado!” pela acolhida e o carinho que demonstraram participando da organização e da celebração da 1a. Noite Cultural – “Homenagem a Augusto Frederico Schmidt”.
À Fundação Yedda & Augusto, meu muito obrigado por repercutir.
Aos parceiros do evento, um super-Obrigado, em especial a Mário Zeidler Filho e Editora Livraria Caminhos.
Homenagem a Augusto Frederico Schmidt (pág.1). Editora Caminhos.Acieg/Ube.Org. Adalberto de Queiroz.
Que venham outras noitadas de poesia na Acieg.
Saiba como foi o evento no site da Acieg.
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**Obs.: Sobre o Poema Falado do vídeo –
Trechos de Soneto sobre a Luz (e não ‘Luz do Mar’, como os técnicos fizeram constar sobre o vídeo).
Poema Falado – vídeo.
50 anos em 5 parágrafos!
VOCÊ, Poeta, vem do mar, supera a morte, desata a melancolia que o comércio e o stress imprime em nosso dia-a-dia de empresários, escriturários, viventes deste mundo, sem poesia…
É a voz do Poeta que se levanta por um Brasil Grande, pela salvação pela Poesia, esta exorcista tão poderosa dos demônios mais rasteiros. Esse clonazepan das almas ansiosas do século XXI.
Vem, Augusto, o poeta-gordo, o poeta da saudade infinita que temos da poesia e do Pai Eterno.Adentra, Poeta, à Acieg, sinta-se em casa.
A União dos Escritores saúda seu retorno.
As pessoas lêem seus versos com entusiasmo, não havendo quem não se empolgue com o ritmo das ondas marinhas que distilam seus poemas. E “o vento do mar seca as lágrimas” daqueles que aqui permanecem lutando por um “Brasil Grande”, com o qual você sonhou…quando empreendeu a travessia pois, agora, você é:
O poeta [que] empreende agora a travessia
do mar desconhecido,
ele, pássaro cego e navio perdido.
(como disse de você o poeta Alphonsus de Guimaraens Filho).
__________________________________Dos drops da Marcia sobre o poeta Schmidt, transcrevo:
“AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT (1906-1965)
Augusto Frederico Schmidt nasceu no Flamengo, no Rio de Janeiro em 1906, lá falecendo em 1965.
Ainda menino, muda-se com a família para Lausanne, na Suiça, retornando ao Brasil quando do falecimento do pai, em 1916.
Poeta da segunda geração do Modernismo, seus principais livros são: O Galo Branco, Estrela Solitária e Prelúdio à Revolução.
Como todos os homens muito inteligentes, Schmidt tinha múltiplos interesses. Foi presidente do Clube de Regatas Botafogo que, por sua sugestão, se fundiu ao homônimo clube de futebol, resultando no Botafogo de Futebol e Regatas.
Fundou sua própria companhia, a Schmidt Editora, que presidiu durante nove anos, revelando o gênio de Graciliano Ramos, do qual ele lera relatórios, quando este era ainda prefeito de Palmeira dos Índios. Instou o amigo a escrever, publicando posteriormente Caetés (1933). Além disso, editou Gilberto Freyre, Rachel de Queiroz, Lucio Cardoso, Marques Rebelo, Vinicius de Moraes, Guimarães Rosa, Jorge Amado, entre outros.
Empreendedor, Schmidt foi um dos fundadores do primeiro supermercado brasileiro, o Disco.
Foi também sócio majoritário da ORQUIMA, precursora da energia nuclear no Brasil, em 1975 incorporada pela Nuclebrás.
Amigo pessoal de Juscelino, durante anos foi seu ghost-writer, escrevendo inúmeros discursos do presidente e é dele o famoso slogan: 50 anos em 5, que caracterizou a era Kubitschek.
Uma de suas ideias à época foi a criação da Operação Pan-Americana, primeiro grande plano de ajuda aos países da América Latina, que inspiraria a Aliança para o Progresso, do governo Kennedy e, posteriormente a criação do BIRD.
Ao morrer, vítima de um ataque cardíaco, já havia publicado mais de trinta livros, entre prosa e poesia, além de milhares de artigos espalhados em diversos jornais e revistas da época.
Vale a pena ler Augusto Frederico Schmidt.” (Márcia Neves).
PORQUE A BELEZA FOI FEITA PRA SER ROUBADA….50 Anos da Ausência/Presença escondida de Augusto Frederico Schmidt.
Convite Noite Cultural na Acieg Participe!https://plus.google.com/+AdalbertoQueiroz/posts/MNdESVjfyty
– Poeta presente em nossas vidas de leitores e ali onde mora a imaginação poética para sempre há-de permanecer.
Augusto, membro da tríade de poetas católicos do Brasil.
Augusto católico que quando a fé titubeava e sentia-se qualquer coisa de descrente, qualquer coisa de dúvida, de pronto voltava ao seio da Mãe, a Igreja Católica, santa e apostólica para aí devotar-se mais e mais à Poesia.
50 Anos sem Augusto, para mim há-de melhor traduzir-se em “50 Anos com a poesia eterna de Augusto Frederico SCHMIDT”.
Augusto, o poeta-empresário, jornalista brilhante, editor, assessor de JK, o botafoguense, Augusto por vezes incompreendido; Augusto arrebatado, augustamente nacionalista, o criados do mote “50 Anos em cinco” – que seu (dele) amigo JK de pronto adotou como slogan de governo.
Augusto poeta – “próspero e pródigo” – que, humildemente confessa o “pecado literário” ter-lhe desde cedo o tomado; e, desde então, para a vida inteira…
Augusto poeta que viveu “as lembranças dos sonhos partidos” numa “casa construída pela imaginação“.
Livros de Augusto, estarão expostos no evnto “50 Anos de Sonetos”, a lembrar os 50 anos da morte de Augusto Schmidt, poeta eterno!
Augusto, “o poeta gordo” – e “gordo ele era e assim admite na ‘Oração do poeta gordo’ e que também era míope, mas enxergava longe…” – como viu Maria Adelaide do Amaral no prefácio do livro “Saudades de mim mesmo”, antologia de prosa, org. por Letícia Mey e Euda Alvim*.
Celebramos Augusto, 50 anos depois de sua morte, 50 anos da edição magistral de SONETOS.
Um evento na União Brasileira dos Escritores de Goiás (UBE/GO) relembrará a poesia e a memória de Augusto. Aguardem!
A morte de Augusto Frederico Schmidt relembrada no site da Fundação Yedda & Augusto F Schmidt : veja o link.
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*Fonte: SCHMIDT, Augusto Frederico (1906-1965). Saudades de mim mesmo: antologia da prosa de AFS/org. Letícia Mey, Euda Alvim, prefácio de Maria Adelaide Amaral. – S. Paulo, Globo, 2006.