Augusto FREDERICO SCHMIDT na ponte rio-GOIANIA.
volta às salas-de-leitura – donde nunca deveria ter saído…
50 anos em 5 parágrafos!
VOCÊ, Poeta, vem do mar, supera a morte, desata a melancolia que o comércio e o stress imprime em nosso dia-a-dia de empresários, escriturários, viventes deste mundo, sem poesia…
É a voz do Poeta que se levanta por um Brasil Grande, pela salvação pela Poesia, esta exorcista tão poderosa dos demônios mais rasteiros. Esse clonazepan das almas ansiosas do século XXI.
Vem, Augusto, o poeta-gordo, o poeta da saudade infinita que temos da poesia e do Pai Eterno.Adentra, Poeta, à Acieg, sinta-se em casa.
A União dos Escritores saúda seu retorno.
As pessoas lêem seus versos com entusiasmo, não havendo quem não se empolgue com o ritmo das ondas marinhas que distilam seus poemas. E “o vento do mar seca as lágrimas” daqueles que aqui permanecem lutando por um “Brasil Grande”, com o qual você sonhou…quando empreendeu a travessia pois, agora, você é:
O poeta [que] empreende agora a travessia
do mar desconhecido,
ele, pássaro cego e navio perdido.
(como disse de você o poeta Alphonsus de Guimaraens Filho).
__________________________________Dos drops da Marcia sobre o poeta Schmidt, transcrevo:
“AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT (1906-1965)
Augusto Frederico Schmidt nasceu no Flamengo, no Rio de Janeiro em 1906, lá falecendo em 1965.
Ainda menino, muda-se com a família para Lausanne, na Suiça, retornando ao Brasil quando do falecimento do pai, em 1916.
Poeta da segunda geração do Modernismo, seus principais livros são: O Galo Branco, Estrela Solitária e Prelúdio à Revolução.
Como todos os homens muito inteligentes, Schmidt tinha múltiplos interesses. Foi presidente do Clube de Regatas Botafogo que, por sua sugestão, se fundiu ao homônimo clube de futebol, resultando no Botafogo de Futebol e Regatas.
Fundou sua própria companhia, a Schmidt Editora, que presidiu durante nove anos, revelando o gênio de Graciliano Ramos, do qual ele lera relatórios, quando este era ainda prefeito de Palmeira dos Índios. Instou o amigo a escrever, publicando posteriormente Caetés (1933). Além disso, editou Gilberto Freyre, Rachel de Queiroz, Lucio Cardoso, Marques Rebelo, Vinicius de Moraes, Guimarães Rosa, Jorge Amado, entre outros.
Empreendedor, Schmidt foi um dos fundadores do primeiro supermercado brasileiro, o Disco.
Foi também sócio majoritário da ORQUIMA, precursora da energia nuclear no Brasil, em 1975 incorporada pela Nuclebrás.
Amigo pessoal de Juscelino, durante anos foi seu ghost-writer, escrevendo inúmeros discursos do presidente e é dele o famoso slogan: 50 anos em 5, que caracterizou a era Kubitschek.
Uma de suas ideias à época foi a criação da Operação Pan-Americana, primeiro grande plano de ajuda aos países da América Latina, que inspiraria a Aliança para o Progresso, do governo Kennedy e, posteriormente a criação do BIRD.
Ao morrer, vítima de um ataque cardíaco, já havia publicado mais de trinta livros, entre prosa e poesia, além de milhares de artigos espalhados em diversos jornais e revistas da época.
Vale a pena ler Augusto Frederico Schmidt.” (Márcia Neves).