| Success is counted sweetest | Vencer parece mais doce |
| By those who ne’er succeed. | Àqueles que nunca vencem, |
| To comprehend a nectar | Melhor saboream um néctar |
| Requires sorest need | Os que na sede esmorecem |
| Not one of all the purple Host | Nenhuma das purpúreas hostes |
| Who took the Flag today | Que hoje empunharam o pendão |
| Can tell the definition | Poderá dar da vitória |
| So clear of Victory | Mais clara definição |
| As he defeated – dying – | Que o vencido moribundo: |
| On whose forbidden ear | Em ouvidos proibidos |
| The distant strains of triumph | Os sons distantes do triunfo |
| Burst agonized and clear! | Irrompem agônicos, nítidos! |
(*) Trad. de dona Aíla de Oliveira Gomes, em “Emily Dickinson: Uma Centena de Poemas”, T.A.Queiroz/USP, 1985, p.38-39.
Do comentário (p.160) da tradutora, transcrevo isso:
“O poema cai numa categoria temática recorrente em ED: as compensações do fracasso, o valor mínimo para o nada – tema aberto em leque de variações, que se poderiam, usando uma expressão da própria autora, reunir sob a rubrica ‘sumptuous destitution’, a qual, por seu turno, cabe no tema típico mais vasto da renúncia. Em outro poema é dito que a satisfação promove a saciedade, – pensamento também bastante shakespeariano; a falta, porém, é ‘quiet Commissary/For Infinity’ (p.170). Tecidos de idênticos sentimentos são, p.ex., “Who never lost are unprepared (73), “A wounded deer leaps highest” (p.28), “Undue significance a starving man attaches/To food… (439), – onde se lê que, se o alimento revigora o faminto, não logra, porém, oferecer-lhe o prazer da fruição imaginada: “…Spices fly/In the Receipt – It was Distance/Was savoury”. (…)
(Os números entre parêntesis referem-se aos poemas nas publicações originais da escolha da tradutora).
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