Suzana, a partir de “A mulher obscura”, romance de Jorge de Lima


Fernando, o narrador de “A mulher obscura” (romance do poeta Jorge de Lima), no cap. VI fini:
“Para me justificar daquela indecisão sentimental que me pagava da canseira de uma recomposição amorosa, eu recordava as palavras da Bíblia [Daniel, 13] quando conta que ficaram grudados ao corpo de Suzana ao se banhar no parque, os óleos e os perfumes de seus servos e os olhos cupidos dos apaixonados velhos que se haviam ocultado atrás das árvores para vê-la. Entretanto, se se restaurasse nela a sua pessoa, sem estes enfeites e estas impurezas, a sua castidade de súbito seria reconhecida”
(A mulher obscura, pág. 45 da 2a. ed., Rio, Agir, 1959).

Ilustr.: Rembrandt, Harmenszoon van Rijn 1647 detalhe.

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A ilustração é uma pintura famosa de Rembrandt, 1636, Gemaldegalerie in Berlin.

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