O encanto da Web, como “mar de conhecimento compartilhado” (Sir Berners-Lee) nos provê belezas como esta.
Conheci Lucide De Godoy num curso virtual – meio abandonado por conta da prioridade zero que se tornou o lançamento dos “Cadernos de Sizenando”.
E eis que dessa brasileira que vive em Amsterdam, nos chegam boas fotos e bons textos. Confira o link abaixo.
A foto foi intitulada “Sunset over the clouds in Holland ©Copyright 2014 de dona Lucile luciledegodoy.com”
(“Pôr-de-Sol sobre nuvens nos céus da Holanda” – A tradução abaixo é minha, textos de Mme. De Godoy).
“Tirei esta foto, durante o vôo da volta da Holanda para o Brasil (casa lá e cá), pela janela do avião.
“Esse vai-e-vem foi pleno de alegria e ‘saudades’ (desejos?!) – um equilíbrio entre ambos os sentimentos- enfim -; mas nenhuma tristeza tem lugar em meu coração…“E foi essa vista da janela que me fez lembrar o poema de Emily Dickinson.”
* While flying back home (Holland) from home (Brazil)… I made this photo through the glass window. This back and forth journey is made of both joy and longing – balancing each other out, though – so no sadness inhabits my heart. As I looked outside, I thought of this poem of Emily Dickinson.
+++++
O Poema de Emily, cit. by Lucile De GODOY.
“There is another sky,Ever serene and fair,
And there is another sunshine,
Though it be darkness there;
Never mind faded forests, Austin,
Never mind silent fields –
Here is a little forest,
Whose leaf is ever green;
Here is a brighter garden,
Where not a frost has been;
In its unfading flowers
I hear the bright bee hum:
Prithee, my brother,
Into my garden come!”
–Emily Dickinson.*
(*)Mais tarde, tentarei uma tradução para o português, menos amadora do que a minha para o texto de Lucile. (AQ).
Não encontrei em minhas fontes (que não são poucas) uma tradução do poema de Emily Dickinson.
E mesmo em inglês, as referências a este poema, entre os mais de 1800 poemas da solitária de Amherst são poucas: nada há sobre este poema em Vendler, nem tampouco em Sewall.
Há esta referência na web a conferir: http://genius.com/Emily-dickinson-there-is-another-sky-annotated
Continuo devendo uma tradução do poema que me despertou uma referência a Isaías 65:17: “Pois eu vou criar novos céus, e uma nova terra; o passado já não será lembrado, já não volverá ao espírito, 18 mas será experimentada a alegria e a felicidade eterna daquilo que vou criar.” (a idéia do Jardim a que a abelhinha convida que o Leitor entre é bem cristã! O que você, leitor, pensa sobre isso?).
Amitiés,
Beto.
CurtirCurtir
Dos quase 1800 poemas produzidos, apenas 6 foram publicados em vida… e ainda assim sem o consentimento de Emily Dickinson. É o que diz o The Oxford Companion to American Literature. http://books.google.com.br/books?id=hvmfshZxPf0C&lpg=PP1&dq=James%20D.%20Hart&hl=pt-BR&pg=PA175#v=onepage&q=emily%20dickinson&f=false
Talvez isso já estivesse expresso e bem expresso neste poema:
“Publicar – é como leiloar
A consciência humana –
A pobreza justificaria
Essa mesquinharia”.
Abaixo o original em Inglês:
“Publication – is the Auction
Of the Mind of Man –
Poverty – be justifying
For so foul a thing.”
(*) Tradução para o Português de dona Aíla de Oliveira Gomes “Uma Centena de Poemas”T.A.Queiroz/USP, 1985, p. 102/3.
CurtirCurtir