Eu ouço música como quem apanha chuva:
resignado
e triste
de saber que existe um mundo
do Outro Mundo…Eu ouço música como quem está morto
e sente
já
um profundo desconforto
de me verem ainda neste mundo de cá…Perdoai,
maestros,
meu estranho ar!Eu ouço música como um anjo doente
que não pode voar.
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Fonte: Quintana, Mário. “Apontamentos de história sobrenatural”. P.Alegre, Globo/IEL/SEC, RS, 1976, pág. 51