I/LV
Desterro a que está condenado
O que ama sem ter a Amada
Este, o da casa sem telhado
Da choupana sem calha.
Desterro o deste condenado
Sem chuva, no terreno arado.
Desterro o deste pobre-diabo
Sem anjo da guarda que valha.
Desterro o deste vate
Sem estro que o embale
Desterro ao mais fundo vale
Uivando: um cão, destarte.
Diante do que quisera grande
Kundry o quisera filho.
Desterrado, o pobre.
Jocasta o quisera pai
As musas o desejaram
A primavera o pintara
Et pourtant, o desterrado
Homem marcado pra sofrer:
Amante sem amada.
(*)Fonte: um dos meus rabiscos, daquele “livro” na gaveta. Antes.
Pingback: Rabiscos reencontrados (1) « Adalberto de Queiroz
Good, very good.
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Merci, Daniel.
Amitiés,
Beto.
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quero ver o livro sair 🙂
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http://www.barbacena.mg.gov.br/pmb/videos/?v=5
Acho que irá gostar de assistir o vídeo ” Museu G Bernanos”.
Abraços,
Mírian
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Belissimo!
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Obrigado, Nelson L Castro (Nelsinho).
O poema está publicado (com revisão do Autor, esse vosso servo), em “Cadernos de Sizenando”, Kelps, Goiânia, 2014, p. 67.
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