TUDO que sabemos é: um dia, morreremos.
E o que fazemos quanto a isso? Muito pouco, quase nada (quando muito evitar o assunto).
No post em referência (link) , César Miranda mostra ao Leitor(a) como Boécio escreveu “A Consolação da Filosofia”, com profunda calma e tranquilidade, mesmo condenado à espera da Morte, no fundo de sua cela – “sem tons de ressentimento ou tristeza, sem súplica ou proselitismo. sem súplica nem proselitismo” – um livro fundamental para todos os que amamos a Literatura e a Filosofia.
E se por Boécio choramos, lembremo-nos com CM do dever de “agradecer a Deus pela condenação injusta que o autor sofreu, única razão do livro existir, se esquecendo que esta é uma das grandes especialidades de Deus: tirar do mal um bem tão infinitamente maior, a ponto de agradecermos pelo mal sofrido. O Livro!”
Todos já recebemos “a pena de morte”. E César dá a sentença para o futuro dos que vamos morrer:
“Não há um que já não esteja apenas esperando o dia. Ninguém sabe que dia é esse, mas a execução de tal pena é certíssima. Quando sentaremos em nossa cela e produziremos o nosso A Consolação da Filosofia? (…)
“Pois bem, o livro que você escreverá ou o que eu escreverei, se escrevermos, não sei como será, mas o de Boécio é um dos melhores já escritos na história.”
Neste post primoroso, uma amostra do talento de meu amigo César.