O Brasil está se desencontrando, novamente… Uma revolução (dita de Vinagre) nos leva ao vinagre . Queimamos etapas, como sempre. Alguém manipula com esperteza os jovens insatisfeitos e os “maduros” sem conteúdo para compreender a manipulação. Os protestos em todo o canto do país nos dão a dimensão da falta de ordem interior, da massa sem liderança… solta ao sabor dos instintos “de massa”. Muito pacífico, muito ordeiro, tudo … no Brasil. E a Goebells News traduziu tudo como um país que Sérgio B. Hollanda sonhou – o país do brasileiro cordial… será?! Confiram. E agora, a polícia é a vilã, porque usa “balas de borracha”… e os marginais são os “heróis”… Come on, brasileiros. Eu não tenho nenhum orgulho de ser brasileiro no meio dessa baderna. Eu gosto da Ordem. E Ninguém se lembra do nosso pavilhão nacional: Ordem e Progresso (nada tão irreal no país)!
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/protestos/2013/cobertura/
Vejo com perplexidade alguns corações que não pulsam mais. Ora, esta é a conquista pela ordem e a legítima exigência pelo progresso… Vitórias são conquistadas pelas lutas, não necessariamente uma luta armada, mas sim, lutas com brados, com energia, com veemência.
Os jovens sempre foram figuras contestadoras e desafiadoras e os “maduros” somente pensadores, pois não lhes pertence mais a energia para se mobilizar. Sua revolta agora é outra. Tolice é acreditar que os jovens de hoje são meras figuras inocentes e manipuladas. São descontentes, pois têm o conhecimento do que é certo e errado, mas, ainda não foram triturados na máquina que manipula e molda o caráter transformando-os nos “maduros” que submissamente passaram a aceitar o incorreto como correto. Esta mesma máquina que molda gradativamente, seca-nos as artérias tornando-nos seres calcificados que vemos os jovens como seres descontrolados. Não devemos esquecer que fomos jovens mesmo que há muito, muito tempo atrás.
Essa manifestação não é contra um partido ou contra uma elemento do Governo. É contra a máquina que novamente perdeu o rumo. Há 10 anos atrás, muitos embarcaram num trem que acreditava-se levar-nos a um futuro melhor e agora, claramente, percebe-se que o mesmo perdeu o rumo. Esses “revolucionários” (respeitosamente qualificados) querem apenas corrigir esse rumo. O maior interesse não é destituir a Presidente, mas lembrá-la de quem ela foi um dia, de que já foi jovem e hoje está calcificada.
É nosso dever, mesmo que sejamos “maduros”, de no mínimo entender o que está no âmago da questão. E se somos culturalmente superiores, maior é nossa responsabilidade de orientá-los, não a desistir, mas de fortalecê-los. É pífio apenas apontar o dedo e dizer que “eles” estão errados. Se as artérias estão calcificadas, é nosso dever contribuir com horizontes, com visão, com estratégias ou corremos o risco de sermos apenas…. “Maduros calcificados e inúteis”!
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Prezado MARCO DURAN,
Obrigado pela visita e pelo comentário.
Eu não me sinto “calcificado” e sim um idoso com o espírito de um jovem.
Minha leitura inicial deste movimento me levou a crer que era mais um exercício de “engenharia social” rumo à re-confirmação do modelo PTista de ser.
Vi que os jovem de agora não são tão dirigidos como os de outrora (eu participei ativamente do movimento Fora Collor!).
Hoje, noto que minha leitura inicial estava desfocada. As palavras de familiares e amigos me levaram a repensar que há certa “liberdade de pensamento” (livre pensar é só pensar, diria Millôr!) na maioria dos manifestantes, embora me pareça que o núcleo inicial ainda é bem “partidário” (tem uma proposta embrionária de partido no MPL – Movimento Passe Livre, não te parece?).
Em suma, calcificados ou não, sou pela Ordem. Rejeito a desordem social e espiritual.
Rezo pelo nosso País, que amo e que espero seja Civilizado antes que me sinta “calcificado e inútil”.
Aqui, te garanto, Marco, pulsa um coração brasileiro!
Abraço fraterno
Beto.
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Parabéns pelo seu blog!
O meu sentimento coincide muito com o seu. Você sabe muito bem expressá-lo através das palavras. Continue com a luta educativa, muitos estão despertando, graças a Deus!
Eu tenho 41 anos e me sinto ainda muito jovem, não sou um engessado, nem um calcinado de nada… estou na luta, estou na busca. E acredito estar aplicando, toda a minha grande energia de uma maneira muito mais eficiente e equilibrada, em meu pequeno meio social. Acho que fazer com justiça, amor e sabedoria, em nosso pequenos grupo social, é bem mais eficiente, do que fazer com altos brados e traços de revolta, no campo amplo de uma multidão desvairada. Se temos problemas, e sabemos que os temos, e que são muitos; porque não os atacamos diretamente, com firmeza e vontade? Sejamos verdadeiros e corajosos e não vamos transferir as nossas responsabilidades sobre as soluções das nossas questões, nem para os jovens, nem para os políticos.
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Excelente, Lúcio. Continue nessa luta. É a mais solitária, porém a que dá mais frutos bons…Amitiés, Beto.
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