John Keats em traduções ao português, na revista Escamandro, enriquecendo o acervo de Poemas famosos da língua inglesa (título de Oswaldino Marques, 1956).
Com um bom grau, é claro, de simplificação, acredito que podemos traçar pelo menos dois perfis de arquétipos clássicos de poetas românticos. Em um polo temos aquele tipo de poeta aventureiro, hedonista, viajado (em mais de um sentido da palavra, inclusive), libertino, amante da liberdade e dotado de uma rebeldia por vezes beirando o pueril, que seria um dos modos pelos quais poderíamos descrever, por exemplo, Byron e os heróis de seus poemas mais famosos, inspirados em si próprio. No outro extremo, temos o romântico frágil, melancólico, doente (de tuberculose, provavelmente), com tendências monogâmicas à moda provençal (e é justo por causa do outro arquétipo romântico que eu sempre acho hilário chamarem esse tipo de amor apaixonado de “amor romântico”) e enfurnado em seu quarto, na companhia de seus livros. Essa, creio, poderia ser uma descrição resumida, porém adequada, de John Keats (1795 – 1821).
Keats e Byron, talvez não…
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