Na fila de leitura, com certeza. Cheguei a manusear o alentado volume na Liv Cultura, mas deixei pra depois da história da vida de Júlio Mesquita (By J. Caldeira).
Por Wagner Schadeck[1]
“A desordem na sociedade é uma doença na psique de seus membros”
Eric Voegelin, Ordem e História
O livro A poeira da gloria[2], de Martim Vasques da Cunha, exige uma leitura linear. Não se trata de mais uma obra de crítica literária; trata-se antes a verdadeira teoria, em seu sentido etimológico de contemplação do espírito. Isto explica o processo de leitura por meio do qual o leitor é convidado a contemplar o desenvolvimento e a decadência de nossa cultura.
Neste sentido, o leitor sentirá algo como uma narrativa espiritual da alma brasileira, reconhecida por meio da manifestação cultural, desde a tradição lusitana até a contemporaneidade. Daí a importância do recurso épico do avançar e retroceder, que Goethe e Schiller encontraram em Homero[3] e que Carlos Alberto Nunes desenvolve, em vez de conceitualizar, na introdução de seu épico Os Brasileidas.
Além desse recurso…
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