Bernardo de Claraval, guia da Cristandade (3): devoto de Nossa Senhora

Um monge, homem santo e perfeito, Bernardo viveu a imitação de Cristo e torna-se a consciência do séc. XII. Sem evitar a polêmica, é o homem santo providencial para um tempo difícil. É o caso de retomar Chesterton quando se refere a Santo Tomás de Aquino:

Um paradoxo da história é que cada geração é convertida pelo santo que mais a contradiz” (G.K. Chesterton, vida de Santo Tomás de Aquino, p.194).

Iniciemos este post justo de onde findamos o segundo  desta série: citando Dante, no Paraíso:

(…)
“Assim orei, e ela, tão distante
quão parecia, sorriu e olhou pra mim,
e à Eterna Fonte volveu seu semblante.

“E o santo ancião: “Por chegares ao fim”,
disse, “do teu caminho, a que um rogar
amoroso mandou-me, este jardim

percorre agora com o teu olhar;
o que o fará fortalecer, no aguardo
de nos raios divinos te elevar.

E a rainha do Céu, por quem eu ardo
de amor, nos doará graça qualquer,
por mim, que sou o seu fiel Bernardo”

Qual peregrino a nós vindo pra ver,
talvez da Croácia, a Verônica nossa,
que, por sua antiga fome, ainda a rever

resta, insaciado, e um mudo apelo esboça:
“Senhor meu Jesus Cristo, Deus veraz,
então foi essa a aparência vossa?”,

assim eu me sentia, frente à vivaz
benevolência deste que, no mundo,
cismando, já gozara dessa paz.

“Ó rebento da Graça, este jucundo
sentir”, disse ele, “não te será noto
mantendo o teu olhar aqui pra o fundo;

mas mira os giros até ao mais remoto,
onde acharás a Rainha divina
de que este reino é súdito e devoto.”

(…)
“Tivesse eu, por dizer, tanta perícia
quanta pra imaginar Deus me cedeu,
nem tentaria contar tanta delícia.

Bernardo, percebendo ora o olhar meu
ao seu Amor dirigido e presente
o seu com tanto afeto a Ela volveu,

que o meu, à remirar, fez mais ardente.”

(Canto XXXI, 91 -142, Paraíso, Dante Alighieri, trad. Ítalo Eugênio Mauro, ed. 34, 1998/2004.

cropped-1297783845.jpgContinuemos, pois, com Dante, na pena do mesmo tradutor e mesma edição:

No Canto XXXII do Paraíso, End av T-9, Esq. T-2 nr 1116, SL. 108
Edit T&T Empresarial
St Bueno coloca São Bernardo como protagonista. Bernardo continua a sua lição sobre a Rosa Mística. Aos pés da Virgem está Eva e, descendo, Raquel e Beatriz; na terceira ordem, Rebeca, Judith e Ruth. Há uma disposição vertical, sem separação, das beatas do Antigo e do Novo Testamento. Diante delas estão São João Batista e, descendo, São Francisco, São Benedito e Santo Agostinho. Abaixo, num corte horizontal, encontram-se as almas dos meninos que foram salvos, nos tempos anteriores a Cristo, pela fé dos pais (a circuncisão) e, depois de Cristo, exclusivamente pelo batismo. São Bernardo convida Dante à contemplação da Virgem, ladeada por Adão e São Pedro e, opostamente, por Moisés e São João Evangelista e tendo à sua frente Santa Ana, mãe de Maria, e Santa Luzia. Por fim, São Bernardo adverte Dante para que desconfie do seu próprio julgamento, que pode estar desviado da verdade, e submeta as suas escolhas à dependência da Graça Divina. E se prepara para uma oração à Virgem que iniciará no Canto seguinte [Canto XXXIII, em Italiano].

1
Acalentado pela sua afeição,
aquele santo a mestre se erigiu,
e começou assim a sua lição:

“Da chaga, que Maria fechou e ungiu,
a bela, que aparece lá aos seus pés,
foi a culpada, que primeiro a abriu.

E abaixo dela senta, por sua vez,
Raquel, no arco terceiro tendo só,
ao lado, Beatriz, como tu vês.

Judith, Sara, Rebeca e a bisavó
daquele que, contrito, foi cantor
de ´Miserere Mei´, com dor e dó

tu podes ver, seguindo esse pendor,
assim como eu, nome a nome citando,
desço na Rosa de uma a outra flor.
(…)
94
E aquele Amor que primo lá desceu,
cantando “Ave Maria gratia plena”
à frente dela as asas estendeu.

Respondeu, à divina cantilena,
de todas as partes a beate corte,
sua expressão tornando mais serena.

Ó santo padre que, por mim, dispor-te
a aqui descer cuidaste, do lugar
no qual tu sentas por eterna sorte;

que anjo é esse que, fitando o olhar
da Rainha nossa, o seu tanto ilumina;
enamorado a ponto de queimar:

O exemplo usei da afeição genuína
do Santo que se alinda de Maria,
qual faz do Sol a estrela matutina.

(…)
151
E começou, em seguida, esta oração.

Canto XXXIII
1 «Vergine Madre, figlia del tuo figlio,
2 umile e alta più che creatura,
3 termine fisso d’etterno consiglio,

4 tu se’ colei che l’umana natura
5 nobilitasti sì, che ‘l suo fattore
6 non disdegnò di farsi sua fattura

7 Nel ventre tuo si raccese l’amore,
8 per lo cui caldo ne l’etterna pace
9 così è germinato questo fiore.

Continue lendo…Canto XXXIII

Quis a vontade divina que um dos filhos de um castelão, de família guerreira e nobre, fosse destinado ao convento; que nele fizesse uma reformulação, sempre respeitando sua Ordem e seus superiores (os monges Cistercienses);  que enfrentasse uma ampla frente de defesa da Cristandade – que vivia tempos de enfrentamento de algumas adversidades: i.) o inimigo do Cristianismo (o Islamismo); ii.) as heresias; iii.) ajudasse na manutenção da integridade da fé Católica, evitando os desvios de conduta moral de pastores da Igreja; e, iv.) mas não menos importante, alçou o monaquismo a padrões morais de disciplina, oração e  ação; de pobreza e simplicidade que opõe o o despojamento (Claraval, mosteiro por ele fundado) ao fausto (Cluny).

Em tantos assuntos interviu Bernardo de Claraval e o fez de modo tão superior que foi reconhecido Doutor da Igreja (em 1830, pelo papa Pio VIII). Enigma para os historiadores ateus (ou agnósticos), São Bernardo viveu uma vida de santidade, [a vida] de um homem providencial em um tempo difícil (cf. Padre Luis A. Ruas Santos).

Quando o poeta Dante o coloca no Paraíso com o olhar  voltado à Santa Virgem Maria, está o poeta florentino elogiando o “Doutor Melífluo” mas também chamando-nos à importância da devoção a Nossa Senhora, da qual Bernardo nunca se descurou.

Deixo a você leitor o canto composto por São Bernardo em homenagem à Virgem Maria e um link para o texto dos Arautos do Evangelho sobre a figura de Bernardo o “varão de fogo” e ao mesmo tempo o Doutor Melífluo (pois de seus sermões e suas orientações espirituais, às vezes duras! parecia emanar mel).

“Denominado pelo Papa Inocêncio II de “muralha inexpugnável que sustenta a Igreja”, [Bernardo de Claraval] passou para a História com o título de “Doutor Melífluo”, porque a unção de suas exortações levava todos a afirmar que seus lábios destilavam puríssimo mel.

“Quem, no mundo cristão, não conhece a incomparável e doce prece “Lembrai- vos”, a ele atribuída? Foi um dos primeiros a chamar de “Nossa Senhora” a Mãe de Deus. Conta a tradição que, escutando certa feita seus irmãos cantarem a Salve Regina, irrompeu de seu coração pervadido de enlevo a tríplice exclamação que hoje coroa esta oração: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria!”

“Foi também um dos primeiros apóstolos da mediação universal de Maria Santíssima, deixando esta doutrina claramente consignada em numerosos sermões: “Porque éramos indignos de receber qualquer coisa, foi-nos dada Maria para, por meio d’Ela, obtermos tudo quanto necessitamos. Quis Deus que nós nada recebamos sem haver passado antes pelas mãos de Maria.”

Fonte: Arautos do Evangelho.

santo-bernardo-de-claraval207
E o canto que mesmo não tendo sua autoria comprovada, foi por ele, Bernardo, divulgado amplamente e a ele se atribui a autoria das três frases finais da prece:
Salve Rainha” – como o rezamos hoje:
O Clemens, O Pia, O Dulcis Virgo Maria!
O “Salve Regina” é uma lembrança da antiga França. Atribui-se ao bispo de Puy, Adhemar de Monteuil, membro do Concílio de Clermont, onde foi resolvida a primeira Cruzada. Adhemar seguiu a Cruzada na qualidade de legado apostólico e compôs a Salve Regina para que se tornasse o canto de guerra dos cruzados. A princípio, a antífona acabava por estas palavras: nobis post hoc exilium ostende. A tríplice invocação que a termina presentemente foi acrescentada por São Bernardo, e merece ser narrado como se fez.

“Na véspera do Natal do ano de 1146, S. Bernardo, mandado para a Alemanha como legado do Papa, fazia sua entrada solene na cidade de Spire, depois de uma viagem memorável na qual os milagres foram numerosos. O bispo, o clero, os cidadãos todos, com grande pompa vieram ao encontro do santo e conduziram-no, ao toque dos sinos e dos cânticos sagrados, através da cidade até a porta da capital, onde o imperador e os príncipes germânicos o receberam com todas as honras devidas ao legado do Papa.

nossa-senhora-c3a9-sc3b3-bondade-e-compaixc3a3o-sua-vontade-de-nos-salvar-a-ainda-maior-do-que-a-nossa-prc3b3pria“Enquanto o cortejo penetrava no recinto sagrado, o coro cantou a Salve Regina, antífona predileta do piedoso abade de Claraval. Bernardo, conduzido pelo imperador em pessoa e rodeado da multidão do povo, ficou profundamente comovido com o espetáculo que presenciara. Acabado o canto, prostrando-se três vezes, Bernardo acrescentou de cada vez uma das aclamações, enquanto caminhava para o altar sobre o qual brilhava a imagem de Maria: O clemens! O Pia! O dulcis Virgo Maria!
─ Ó clemente! Ó piedosa! Ó doce Virgem Maria!”
[Esses três últimos parágrafos foram retirados de O Catolicismo, consultado hoje, 26/03/17,  20h00].
Ouçam e acompanhem a letra de Ave Maris Stella no You Tube (link abaixo).
Ave Maris Stella (Hail Star of the Sea).

Literal Latin/English Translation
Sung by the Daughters of Mary
http://daughtersofmary.net/music.php

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Post express (xv)

(*) Nota preliminar.
Se você é um leitor das aventuras do Alexandre Soares Silva, caiu numa armadilha.
Se leu (ou só passou o mouse por cima de) A ÚLTIMA AVENTURA DO CORONEL ALOYSIUS FARQUHART, por soaressilva…

Aceite o duelo. Escolha as armas.
Comecemos por aqui.
i. Clique na imagem abaixo e verá um episódio inteiro de Chips (sem legendas)
1297783845

ii. volte amanhã p’ra outro duelo.
Ass. Brunetto Latini.

Uma Excursão Aventurosa

Seguindo o conselho do poeta gaúcho, poeta do mundo, Augusto Meyer, preparei-me para uma “excursão aventurosa” nos territórios do mais famoso florentino (e expatriado) Dante Alighieri, poeta da Humanidade.

O poeta gaúcho A.Meyer

Augusto Meyer, foto-autógrafo, ABL

E PARA SEGUIR o conselho do mestre Meyer à risca, tomei o atalho dessa viagem, como prescrito:

No caso de Dante, sempre me pareceu que valia a pena tentar a experiência que o reparo de Eliot* sugere. Em meu curso de Teoria Literária, mais uma vez recomendei essa excursão aventurosa, não digo pelo Inferno, sem Virgílio e sem guia turístico, mas pela Vita Nuova. Mais precisamente: recomendei, com ou sem preparo, a leitura de alguns sonetos e trechos de prosa do singular livrinho”.

Na minha última viagem aos EUA, tive a chance de incluir essa “excursão aventurosa” nas minhas visitas à Universidade do Novo México (UNM), onde descobri um paraíso chamado Zimmerman Library.

Lá, além de poder ler, adquiri o direito que toda a comunidade de Albuquerque (NM) tem de se tornar leitor frequente da biblioteca ZL e retirar livros, como o recomendado por Augusto Meyer, nos anos ‘60…
e continuamente recomendado pelos bons críticos da obra do ‘florentino’, como mr. Dreher no carderno de literatura do WSJ / Review do sábado pascoal de 2014 – e que já referenciei aqui (vide foto abaixo).

Este “singular livrinho” de Dante me deu aquela alegria que Meyer chama de uma dádiva especial ao “leitor comum” (por oposição ao ‘letrado’); com a sua fruição que traz uma “colaboração emotiva”, por causa do “frescor da sensibilidade” do leitor apaixonado pela Poesia. Só na pele de leitor desarmado temos a “tonalidade emotiva” onde fala mais alto a linguagem do sentimento.

Desejo, pois, que você, leitor, aproveite o soneto que não poucos críticos catalogam como dos melhores na história da literatura mundial (Musa). Trago o dito soneto “Tanto gentile…” – o famoso Soneto XV de “Vita Nuova”, em 3 versões.
Num próximo post, pretendo supreender-lhe, dileto leitor, com algumas notas de Augusto Meyer sobre a tradução deste famoso soneto.

Aqui o original italiano e a tradução de Mark Musa (que se nega a aplicar rimas em inglês, ao traduzir a obra de Dante para a língua de Shakespeare – sábia decisão, pois que aí muitos tropeçam).

Abaixo, a transcrição em português, de uma das tantas traduções do famoso soneto de Vita Nuova –autoria de Eliane A. Zucculin Nucci; não se esquecendo de anotar o que Dante (o nosso) Milano disse, ao traduzir 3 cantos do “Inferno”:
“É enorme a diferença entre o verbo forte e áspero de Dante e a nossa língua de índole branda” (isso aplicável aos cantos do Inferno, seria cabível a este doce soneto?
– “A linguagem de um poeta não pode ser trasladada a outro idioma; pode-se traduzir o que ele quis dizer, mas nunca o que ele disse…”(D.M.):

Trad. do Soneto XV de Vita Nuova - Dante, by Zucculin Nucci

Dificuldades da tradução em Dante, (c) : Eliane A. Zucculin Nucci


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Uma Excursão Aventurosa

Seguindo o conselho do poeta gaúcho, poeta do mundo, Augusto Meyer, preparei-me para uma “excursão aventurosa” nos territórios do mais famoso florentino (e expatriado) Dante Alighieri, poeta da Humanidade.

O poeta gaúcho A.Meyer

Augusto Meyer, foto-autógrafo, ABL

E PARA SEGUIR o conselho do mestre Meyer à risca, tomei o atalho dessa viagem, como prescrito:

No caso de Dante, sempre me pareceu que valia a pena tentar a experiência que o reparo de Eliot* sugere. Em meu curso de Teoria Literária, mais uma vez recomendei essa excursão aventurosa, não digo pelo Inferno, sem Virgílio e sem guia turístico, mas pela Vita Nuova. Mais precisamente: recomendei, com ou sem preparo, a leitura de alguns sonetos e trechos de prosa do singular livrinho”.

Na minha última viagem aos EUA, tive a chance de incluir essa “excursão aventurosa” nas minhas visitas à Universidade do Novo México (UNM), onde descobri um paraíso chamado Zimmerman Library.

Lá, além de poder ler, adquiri o direito que toda a comunidade de Albuquerque (NM) tem de se tornar leitor frequente da biblioteca ZL e retirar livros, como o recomendado por Augusto Meyer, nos anos ‘60…
e continuamente recomendado pelos bons críticos da obra do ‘florentino’, como mr. Dreher no carderno de literatura do WSJ / Review do sábado pascoal de 2014 – e que já referenciei aqui (vide foto abaixo).

Este “singular livrinho” de Dante me deu aquela alegria que Meyer chama de uma dádiva especial ao “leitor comum” (por oposição ao ‘letrado’); com a sua fruição que traz uma “colaboração emotiva”, por causa do “frescor da sensibilidade” do leitor apaixonado pela Poesia. Só na pele de leitor desarmado temos a “tonalidade emotiva” onde fala mais alto a linguagem do sentimento.

Desejo, pois, que você, leitor, aproveite o soneto que não poucos críticos catalogam como dos melhores na história da literatura mundial (Musa). Trago o dito soneto “Tanto gentile…” – o famoso Soneto XV de “Vita Nuova”, em 3 versões.
Num próximo post, pretendo supreender-lhe, dileto leitor, com algumas notas de Augusto Meyer sobre a tradução deste famoso soneto.

Aqui o original italiano e a tradução de Mark Musa (que se nega a aplicar rimas em inglês, ao traduzir a obra de Dante para a língua de Shakespeare – sábia decisão, pois que aí muitos tropeçam).

Abaixo, a transcrição em português, de uma das tantas traduções do famoso soneto de Vita Nuova –autoria de Eliane A. Zucculin Nucci; não se esquecendo de anotar o que Dante (o nosso) Milano disse, ao traduzir 3 cantos do “Inferno”:
“É enorme a diferença entre o verbo forte e áspero de Dante e a nossa língua de índole branda” (isso aplicável aos cantos do Inferno, seria cabível a este doce soneto?
– “A linguagem de um poeta não pode ser trasladada a outro idioma; pode-se traduzir o que ele quis dizer, mas nunca o que ele disse…”(D.M.):

Trad. do Soneto XV de Vita Nuova - Dante, by Zucculin Nucci

Dificuldades da tradução em Dante, (c) : Eliane A. Zucculin Nucci


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WSJ: Dante For Easter | The American Conservative

WSJ: Dante For Easter | The American Conservative

Rio Rancho, NM – sábado, 14.04.2014 – HOJE CEDO, no caminho entre a casa de minha filha – onde estou passando uma temporada – e o Zoológico&Jd.Botânico de Albuquerque (NM), parei para comprar um café e um jornal. Minha preferência sempre recai sobre o WSJ quando vou ao Starbuck’s. Bingo! Ao folhear o jornal achei uma matéria interessantíssima sobre o livro mais admirado do que lido que é a “Divina Comédia”. O autor, Mr. Dreher, é editor principal do blog “The American Conservative”.

O artigo de Mr. Dreher é uma pérola. “Dante’s Path to Paradise“, que levou ao Autor a “examinar sua própria consciência” durante a leitura – coisas que poucos livros e poucos leitores alcançam…

O grande poema de Dante tornou-se assim uma espécie de auto-ajuda da Alta Cultura. Enjoy it, my dear friends, vale a pena.

A transcrição abaixo é do blog citado.

WSJ: Dante For Easter | The American Conservative.

Paraíso (1)

Lo maggior don che Dio per sua larghezza
fesse creando, ed a la sua bontate
piú conformato, e quel ch´é piú apprezza,

fu de la volontà la libertate;
di che le creature intelligenti,
e tutte e sole, fuoro e son dotate.
+++++
“O maior dom que, em sua sabedoria,
Deus fez na criação, e à sua bondade
mais conforme, e que mais Ele aprecia,

foi do próprio querer a liberdade
da qual criaturas inteligentes
todas, só elas, tem a propriedade.”
(…)
+++++
Fonte: Alighieri, Dante. `Paraíso´. pág.38. Ed. 34. SP, 1998/2004. Trad. Italo E. Mauro.

Paraíso (1)

Lo maggior don che Dio per sua larghezza
fesse creando, ed a la sua bontate
piú conformato, e quel ch´é piú apprezza,

fu de la volontà la libertate;
di che le creature intelligenti,
e tutte e sole, fuoro e son dotate.
+++++
“O maior dom que, em sua sabedoria,
Deus fez na criação, e à sua bondade
mais conforme, e que mais Ele aprecia,

foi do próprio querer a liberdade
da qual criaturas inteligentes
todas, só elas, tem a propriedade.”
(…)
+++++
Fonte: Alighieri, Dante. `Paraíso´. pág.38. Ed. 34. SP, 1998/2004. Trad. Italo E. Mauro.