Mes chers amis,
Vejo que essa pagina esta a ponto de ser virada e como ha estatisticas e revisoes pra todo lado, resolvi fazer a minha sobre livros.
Como meus 3 leitores podem constatar, nao sigo o credo dos criticos da hora, minha lista nada tem de atual no sentido de ‘ moda’ mas pode ter alguma coisa que lhe interesse pra 2009.
Desejo a todos que 2009 seja um Ano Bom, como se espera de um bom vinhedo e como desejamos nós bebedores de vinho e de letras.
Amities,
Beto
P.S.: Estou passando o fim-de-ano no Arizona, curtindo minha familia; a pouca disponibilidade de tempo para internet e esse teclado americano nao me permitem usar a extensao de comentarios e a ortografia que eu gosto (plena de acentos) nao importa que novas regras ortograficas nos imponham. (AQ).
1. A Morte Vem Buscar o Arcebispo, Willa Cather.
Comentado aqui.
2. Reflexões Autobiográficas, Eric Voegelin. (Prefácio e notas de Ellis Sandoz).
Comentado aqui.
3. Le Procés-Verbal, J-M.G. Le Clézio
Comentado aqui.
4. Mont-Cinère, Julien Green. Eis um livro de Green que merecia uma boa resenha. Nao a encontrei nos meus melhores mestres. A historia dessa casa americana, dessa mae sovina e dessa filha que cai em pecado mortal e fatal para toda a familia me parece um drama bem escrito e cativante.
Um comentário mal-humorado aqui, mas confesso que preciso rever. Eu me deixei influenciar por um certo mal-estar do mestre Carpeaux a respeito de Green. Hoje, pensando sobre a força de Mont-Cinère, dos personagens que não me deixam nunca, nos quais penso intensamente quando os temas são avareza e egoísmo.
Talvez a cadeira de Mauriac tenha sido muito bem ocupada (e depois abandonada!) por Green na Academie Française.
5. Leviathan, Julien Green.
https://betoqueiroz.wordpress.com/2008/01/17/green-light/
6. L´Imposture, Georges Bernanos.
Eis um romance do mau-humorado e brasileiramente francês G. Bernanos que merecia um grande comentário. História de um padre que perde a Fé! Confesso despreparado para ser o autor de tal comentário, mas quem há-de fazê-lo hoje no Brasil que esqueceu os maravilhosos escritores franceses católicos de cette belle époque?
7. La Joie, Georges Bernanos.
Eis-nos diante de um grande romance, apesar de se mostrar iniciamente de difícil compreensão. Ou seja é um desses livros pra se ler e se reler…
É o típico romance que suplico que alguém de um nível de leitura elevado e, de preferência, um católico conservador me ajude a compreendê-lo em seu sentido mais profundo.
Ha uma passagem bíblica em que a chave do romance pode levar o leitor à compreensão do romance (em breve, prometo escrever sobre isso) : a entrada de uma judia num reino estrangeiro: trata-se de Ester 15:9 – “ingressa igitur cuncta per ordinem ostia…passou, pois, todas as portas e se apresentou diante do Rei”…
Um dia hei de entender a grandeza desse romance, apenas vislumbrada nessa primeira leitura, mas só o contentamento de se debruçar sobre um grande texto já é de pronto imensa diante de La Joie, asseguro.
8. O Caso Saint-Fiacre, Simenon.
De uma dezena de livros lidos e relidos. Puro entretenimento, mas é preciso lembrar que Simenon tem o livro mais cruel sobre a guerra, que tentei reler e abandonei porque o ano já teve suas crueldades próprias que dispensam ficção: Sangue na Neve, tido por Carpeaux como obra-prima do mestre do romance policial franco-belga.
9. Uma Centena de Poemas: Emily Dickinson. Trad. Aíla Oliveira.
Um leitor irado me envia um email sugerindo publicação de poemas mais ´masculinos`… insisto até chegar aos 100 poemas de Emily, tant-pis se alguém não compreende que a poesia não argui sobre gênero!
10. Ensaios vol.I, Carpeaux.
O mestre merecia uma edição assim. E ha de merecer minha atenta leitura em 2009.
11. Quem de Nós (Uma História de Amor), Mario Benedetti.
Uma novelazinha interessante de um bom poeta. Vale um fim-de-semana sem muito assunto de amor.
12. O Relógio e o Quadrante, Álvaro Lins. Fundamental e livro de referencia para quem pretende ter ou emitir algum juizo critico sobre a literatura. Era o tempo em que um critico tinha criterios e uma formacao profunda antes de se aventurar a fazer ‘resenhas’ …
13. Oh, Pioneers, Willa Cather. Fica a figura gigantesca dessa mulher Alexandra e o drama dessa familia catolica que cai na dificuldade de relacionamento que so eu bem sei em minha propria vida.
14. O Sal da Terra, Joseph Ratzinger.
15. Introdução ao Cristianismo, Joseph Ratzinger.
16. Aimez-vous Brahms… Françoise Sagan.
17. La Gloire de Mon Père, Marcel Pagnol.
18. Malagar, Mauriac fils.
19. Hitler e os Alemães (leitura em andamento).
20. Neve, A. Pamuk- talvez minha unica concessao ao mainstream mas valeu a pena. Um bom escritor com um bom tema e uma referencia europeia em seu gosto literario. Talvez se livre das influencias e vire um grande escritor um dia, nao pra mim, porque ja me livrei da chamada literatura fantastica.
21. História da Igreja, Pierre Pierrard (leitura em andamento).
22. O Misterio dos Frontenac. F. Mauriac. Lido nas ferias, reflexoes em andamento…
See you, guys!
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