Adeus à Rainha Fabíola, um exemplo de amor duradouro

NO DIA EM QUE A BÉLGICA DÁ ADEUS A SUA RAINHA, Fabíola de Mora Y Aragón, ou simplesmente a Rainha Fabíola, junto-me às homenagens…

Lembrando um livro definitivo sobre seu marido, companheiro de uma vida – o Rei Balduíno, onde a Rainha não é mera circunstante, mas protagonista.  E se na despedida de Balduíno, uma carta-aberta publicada num jornal local na Bélgica dizia:

– “Obrigado ao Rei por ter ousado a Ternura…” – eu vos digo, hoje:

rainha-fabiola_rei-balduino“Obrigado, Rainha Fabíola, por sustentar com seu exemplo um Amor que permaneceu jovem e transparente, mesmo diante dos sofrimentos físicos e morais a que a idade submeteu este belo e admirável casal real”.

– Beto Queiroz* (Se eu pudesse, inscrever-me-ia entre seus súditos, mas de coração  posso declarar-me seu, Rainha Fabíola, súdito na Fé, pois somos irmãos em Cristo e na devoção a Maria).

Que Deus receba a alma de sua serva, a Rainha Fabíola, e que sob a árvore do Paraíso, ela encontre todos os Anjos e Santos; e também o servo de Deus e seu amado companheiro o Rei da Bélgica, Balduíno.

Com o casal real, aprendi muito… O Padre Franz, do mosteiro dos Santos Anjos, em Anápolis (GO) foi quem me indicou o livro – em uma orientação espiritual que tive com ele. Só encontrei “O Segredo” depois de muita procura. Eu lhes garanto: é um dos mais belos livros sobre a vida em família e sobre o amor conjugal.

O Cardeal Suenens conseguiu revelar-nos “a profunda humanidade” da vida de Balduíno, rei da Bélgica durante 42 anos, de 1951-1993. Aos cristãos, a mensagem é ainda mais completa, pois que revela-nos também “a chama interior da vida do rei Balduíno – uma vida absolutamente invulgar”. O livro é uma espécie de confissão dentro da Confissão, isto é, o que é possível dizer de público aquilo que o Rei disse ao Cardeal durante um longo período de convivência (1960-1993).

A esperança do biógrafo é de que o leitor pudesse “reconhecer o tom da voz do rei Balduíno e a emocionante e exemplar mensagem da vida dele…” 

De fato, mesmo aos não-súditos e não-contemporâneos, o livro nos revela um Ser Humano admirável, atrás e acima da “persona real“. Um homem que ama contemplar as estrelas, rezar e conviver com a família; um homem que, demorada e cuidadosamente, escolheu uma noiva que viria a ser sua companheira de uma vida inteira (Fabíola) – a quem se uniu e com quem formou um casal cristão.

Fabíola e Balduíno formam um casal que nos dá um exemplo de que é possível viver em Cristo e na devoção a nossa mãe Maria Santíssima. Mesmo no ambiente de fausto dos palácios, onde as pompas reais parecem prover luxo e distanciamento do Sagrado, estes personagens reais viveram com simplicidade cristã, em amor, vendo e interpretando o mundo com os olhos de cristãos, muito mais do que de nobres terrenos.

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Um amor que não tem fim…


Quando da cobertura da morte do Rei, diz o Cardeal ter visto na TV testemunhos que resumiram a marca da personalidade de Balduíno:

“O público reconheceu no Rei um homem de Amor”
“Exercer a realeza como o Rei Balduíno o fez é também um sacerdócio”.

Se a isso juntarmos o trecho da homilia do Cardeal Danneels em sua despedida do Rei, teremos o quadro resumido do que “O Segredo de Balduíno” pode servir à nossa vida como leitores, podemos ver no “Imprevisto Real” uma vida em miniatura:

“Há reis que são mais do que reis – são pastores do seu povo!”

– O papel de Fabíola de Mora Y Aragón ficará logo evidente como de protagonista nesta que é a vida de uma família real, mas uma família, sobretudo, exemplar e fundamental para a Bélgica (e o mundo inteiro – ao conhecer e se espelhar no exemplo do casal real). O fundamento do casal real há-de nos descortinar o “Segredo” – viveram em Cristo, o fundamento do Amor; em Maria, a devoção a uma mãe que a todas supera e protege…  

Confirmam essas minhas palavras de resenhista entusiasmado a transcrição do Cap. III – O Casal Real – confira no próximo post um texto em formato de imagem ‘scanneada‘. E você verá que a vida do casal real – Fabíola e Balduíno da Bélgica – ilustra, certamente, com nos diz o Cardeal Suenens, a frase de Jean Guitton:

O Amor é sempre fecundo, mesmo que apenas transforme aqueles que amam…

Quero comigo guardar as imagens do jovem casal que são um exemplo de conto-de-fadas do Amor Real, em sua fase terrestre, ao lado de outra do casal que amadureceu junto – pois que o a visão do Eterno perpassa a vida daqueles que crêem em Deus, como Fabíola e Balduíno o fizeram aqui na terra…

O Segredo do Rei”, do Cardeal Suenens, da Bélgica foi publicado em 1995, em Ertvelde (BE), sob o título original de “Le Roi Baudouin – Une vie qui nous parle”, Editions F.I.A.T.

A edição em português é da Editorial A.O. de Braga, Portugal, trad. Margarida Osório Gonçalves.

*As referências neste post são à 2a. edição, 1997.

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Fonte: *SUENENS, Cardeal. “O Segredo do Rei”, Editoral A.O., Braga, Portugal, 2a. edição, 1997.

O Segredo do Rei, Cardeal Suenens

Cardeal Suenens revela “O Segredo do Rei”, originalmente: “Le Roi Baudouin, Une Vie qui Nous Parle”, 1995.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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