Cora Coralina ganha nova estátua em Goiás

Destacado

O escultor Cleider José de Souza se diz honrado em ter sido escolhido para fazer a nova estátua de Cora a ser inaugurada na Cidade Velha de Goiás. Não é pra menos que se sinta honrado, como todos nós o sentimos. A poetisa que não foi feita em laboratório, colheu sua poesia da existência e seus temas são comezinhos. Os ingredientes que alimentam seus devaneios poéticos foram colhidos no dia-a-dia da doceira, da velha da Ponte, da menina Aninha: espiga de milho, bonecas e colegas da infância, o sabão e a barrela das lavadeiras do Rio Vermelho, doces e frutas da terra… Tal como no poema “A Escola da Mestra Silvina” (fine), Cora é hoje personagem de seus próprios versos:
“E a Mestra?
Está no Céu.
Tem nas mãos um grande livro de ouro e ensina
a soletrar aos anjos.*”
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(*)”Poemas dos becos de Goiás e Estórias mais”, Goiânia: Editora da UFG, 1977, pág. 43. Leia a matéria completa neste link: Cora Coralina ganha nova estátua na cidade de Goiás – O Popular.

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Cora Coralina ganha nova estátua na cidade de Goiás – O Popular
(c) Foto de Fábio Lima

https://www.opopular.com.br/…/cora-coralina-ganha-nova…

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Cora Coralina, 130 anos: Os poemas, as receitas e os livros – Infográficos – Estadão

Leiam sobre Cora, mas sobretudo, leiam-na.
https://www.estadao.com.br/infograficos/cultura,cora-coralina-130-anos-os-poemas-as-receitas-e-os-livros,1026023?utm_source=estadao:ibope&utm_medium=newsletter&utm_campaign=cultura::e&utm_content=link:::&utm_term=::::

Poesia falada

CONTINUAÇÃO do projeto – agora com poemas de amor (1).
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Poemas lidos nesta versão:

Poeminha Amoroso – Cora Coralina

 

Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu…
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu…

E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.

Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.

Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo…
eu te amo, perdoa-me, eu te amo…

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As sem razões do amor  Carlos Drummond de Andrade

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,

E nem sempre sabes sê-lo.

Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.

Amor é dado de graça
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.

Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
Bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,

Não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
E da morte vencedor,
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor.

♠♠♠♠♠♠

Bilhete – Mário Quintana

 

Se tu me amas, ama-me baixinho

Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!

Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…

Clique no link abaixo para ouvir os poemas falados:
SOUNDCLOUD do Beto.