HÁ MUITO TEMPO, queria escrever sobre Wladimir Saldanha.*
EM “Natal de Herodes”, ele eleva o tom da lírica a um patamar poucas vezes visto nos católicos poetas desde o trio Murilo Mendes, Jorge de Lima, Augusto Schmidt.
Há muito tempo um poeta brasileiro, pós-Bruno Tolentino, não se expõe com tantos signos de sua catolicidade. Wladimir, ao lado de outro baiano – o poeta João Filho – e da goiana Sônia Maria Santos, são as vozes que não se calam à expressão da religiosidade, de uma mística não devocional, mas certamente centrada num humanismo cristão (e de autoconhecimento!), como há muito não se via em nossa poesia.
*WLADIMIR SALDANHA nasceu em 1977, em Salvador, cidade onde reside. Estreou com As culpas do poema (Scortecci, 2012), livro distinguido com o X Prêmio Literário Asabeça para a Região Nordeste, categoria poesia. Esse primeiro título seria incorporado ao volume Culpe o vento (7Letras, 2014). Lançou ainda Lume Cardume Chama (7Letras, 2014) − obra selecionada para publicação pela Fundação Cultural da Bahia. Participou das antologias portuguesas Poetas na surrealidade em Estremoz (2007) e DiVersos – Poesia e Tradução (2008). Recebeu menção honrosa do Prêmio SESC de Literatura 2011-2012, categoria livro de contos. Possui formação jurídica, sendo também mestre e doutor em letras pela UFBA. Seu próximo título de poesia, Cacau inventado, será lançado em 2015, pela editora Mondrongo, de Itabuna.
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P.S.: Aos leitores que desejam saber mais sobre a obra de Wladimir, além de “Natal de Herodes”, recomendo esta seleta da Mallarmargens.
http://www.mallarmargens.com/2015/02/5-poemas-de-wladimir-saldanha.html