Poema de Hermann Hesse


Banzeiro Textual

Hermann Hesse
(…)




Na poesia como na prosa, Hermann Hesse, suíço (1877-1962) de língua alemã (Prêmio Nobel em 1946), mostrou-se permanentemente preocupado com a busca de um sentido para a vida, levando-o essa busca a preferir a solidão, longe das aglomerações urbanas que lhe eram penosas de suportar. Poesia e prosa parecem ter andado sempre de mãos dadas, em toda a existência de Hermann Hesse – que se dizia, ele mesmo, um poeta das nuvens, sem raízes e sem pátria-lar: a ausência da pátria-lar (Heimat) é uma constante na obra desse auto-condenado ao degredo perpétuo no mundo dos homens. (…)
Geir Campos



Perdimento



Sonâmbulo tateio entre bosque e barranco,
há um halo de magia aceso ao meu redor:
sem reparar se sou bem aceito ou maldito,
sigo à risca o meu próprio mandato interior.

Quantas vezes veio chamar-me a realidade
em que vós existis, para me comandar!
Dentro dela eu…

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