A doçura
Adalberto de Queiroz*
A doçura,
– Que Tomás em segredo me revelara
(em minha confissão continuada):
“É produzida
Pela ação do calor”.
Por este trópico onde, exaurido
Traço o caminho de minha vida
ouso pensar, enquanto só:
– A doçura, te recordas?
“É produzida pelo calor
Que lento digere
E dissolve
O úmido…”
Entanto, meu corpo
É doce, segreda a amada:
– Não por ser quentinho.
O úmido e doce e o salgado reúne
Feito edredom
Que nos cobre
E nos une. Mas isso já é outra coisa
Onde a doçura aquece ainda mais.
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Originalmente, publicado em Goiânia, 26/06/2004.
A doçura nos remete à sede. Então que seja uma intensa sede de amor. Uma excelente reflexão ( ou flexão ) sobre ( sob ) o moto-contínuo das relações afetivas.
Fraterno abraço
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